Publicado 23/09/11
Você conhece a política de sua empresa sobre o uso da Internet? Não? Sugiro que procure mais detalhes a respeito, porque o mau uso desse recurso pode acabar em demissão por justa causa. Estudo da Triad, empresa de consultoria especializada, apontou que entre as mídias sociais a mais acessada nos computadores dos empregados é o Twitter (92,2%), seguido pelo Facebook (59,4%), YouTube (35,6%) e Orkut (35,4%). A mesma empresa de consultoria constatou que 80% dos empregados gastam até 3 horas da jornada de trabalho com atividades estranhas à função. Em alguns casos além da demissão o funcionário pode ainda ser condenado ao pagamento de indenização, quando a má utilização da Internet prejudicar a empresa.
- No artigo O mau uso da internet no trabalho, o advogado Ricardo Trotta alerta para as decisões dos tribunais a respeito da matéria. Confiram!
- No artigo Você é assertivo, passivo ou agressivo?, Débora Martins fala de comportamentos adotados por nós, tanto no ambiente de trabalho como na vida pessoal e social.
- Por fim, o terceiro artigo, Bajuladores são envolventes e habilidosos, mas não enganam, diz especialista, fala dos “puxa-saco” de plantão e assinala que estão com seus dias contados. Por isso, não gaste sua energia com eles.
No próximo dia 24 a ABRH realiza o 3º. Feirão do Emprego no Centreventos Cau Hansen, quando acontece também o 1º. Workshop das profissões. Para aqueles que estão buscando a inserção no mercado de trabalho ou outros desafios, trata-se de excelente oportunidade. Vejam mais detalhes em 3º Feirão do emprego.
Vamos continuar a fazer o bem? A Ajorpeme está arrecadando brinquedos e roupas em prol da ARCD – Associação de Reabilitação da Criança Deficiente. Informações: 2101-4145 / ionara@ajorpeme.com.br .
Capacitações abertas para setembro:
- - 27 a 29 – Vender é fácil; fidelizar o cliente é uma arte – CDL Joinville – à noite - Informações: (47)3461-2537.
- Capacitações abertas para outubro:
- - 03 a 07 – Vender é fácil; fidelizar o cliente é uma arte – Senac Jaraguá do Sul – à noite - Informações: (47)3275-8414.
- - 24 a 27 – Aprimorando habilidades de telefonistas e recepcionistas. Ajorpeme – à noite. Informações: 2101-4142.
Bom fim de semana. Fiquem com Deus.
Roseana
Consultora, palestrante e ministradora de capacitações na área da comunicação.
O mau uso da internet no trabalho
No Distrito Federal uma funcionária tentou reverter demissão por justa causa alegando violação de sigilo de correspondência. Mas seu pedido foi negadoPor Ricardo Trotta, www.administradores.com.br
A internet representa hoje uma importante ferramenta em nosso cotidiano. Não se imagina mais um mundo sem ela, mas é importante atentar para que o seu uso seja adequado, principalmente dentro do ambiente de trabalho. O mau uso da internet prejudica a produtividade do empregado e pode causar a demissão de funcionários por justa causa, quando a empregadora considera tal conduta como uma falta grave, a teor do Artigo 482 da CLT. A 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu a demissão por justa causa de um funcionário que utilizava o equipamento de trabalho para acessar sites de relacionamento, trocando mensagens de correio eletrônico com piadas grotescas e imagens inadequadas, como fotos de mulheres nuas.
No Distrito Federal uma funcionária tentou reverter demissão por justa causa alegando violação de sigilo de correspondência, pois a empresa em que trabalhava utilizou mensagens do e-mail coorporativo para provar que ela estava maltratando clientes. Mas seu pedido foi negado pela 1ª Turma do TRT daquele Estado, que entendeu que o e-mail corporativo é uma ferramenta de trabalho e, portanto, não se enquadra nas hipóteses previstas nos incisos X e XII do artigo 5º da Constituição Federal (que tratam, respectivamente, da inviolabilidade da intimidade e do sigilo de correspondência).
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Turma da 10ª Região, (RO 504/2002), entendeu ser motivo de demissão por justa causa o caso de um ex-funcionário que enviou fotos pornográficas por intermédio do e-mail corporativo. A juíza de primeira instância que proferiu a sentença baseou sua linha de raciocínio asseverando que todos os instrumentos são de propriedade da empresa e disponibilizados aos empregados para suas atividades, não existindo, por isso, "confidencialidade", motivo pelo qual não se configuraria a suposta violação à garantia da intimidade e à obtenção de provas por meio ilícito. O controle do e-mail seria a forma mais eficaz, tanto de proteção e fiscalização das informações que tramitam na empresa, inclusive sigilosas, quanto de evitar o mau uso da internet, que pode até mesmo atentar contra a moral e os bons costumes, causando à imagem da empresa prejuízos imensuráveis. Ela enfatizou a responsabilidade solidária que recai sobre a empresa pelos atos de improbidade ou delitos praticados por seus funcionários. Na opinião da julgadora, a utilização pessoal de e-mail corporativo para fins alheios ao serviço e de consequências nocivas à reputação da empresa é ato grave suficiente para a dispensa por justa causa.
No Rio Grande do Sul, um trabalhador foi despedido por justa causa por acessar sites pornográficos durante o expediente. Inconformado com a penalidade imposta, o trabalhador entrou com uma ação para anular a justa causa e reverter sua dispensa para imotivada, o que lhe daria direito às verbas rescisórias. O autor chegou a ganhar em primeiro grau, mas os desembargadores deram provimento ao recurso da empresa e reformaram a sentença. A perícia apontou que o sistema bloqueava sites impróprios, mas alguns passavam pelo filtro. Além disso, também era possível burlar o controle e acessar conteúdos bloqueados. Mesmo assim, foi reprovada a conduta do empregado.
É aconselhável que empresas criem um manual do usuário, um código de ética ou um regimento interno, qualquer que seja a denominação, a fim de estabelecer regras, das quais os funcionários deverão ter ciência desde o momento da contratação. No regulamento é importante constar que haverá punição em caso de não cumprimento. Vale ressaltar que, por primeiro, deve-se advertir o funcionário, dando a ele uma chance de se redimir. Além dos acessos indevidos, o que se escreve na rede também pode trazer más consequências. Como no caso de um funcionário de uma empresa de "call center" que criou um blog onde relatava as perguntas que ele classificava como as mais idiotas feitas pelos clientes mais burros do dia e seus colegas votavam elegendo as melhores. A empresa descobriu e demitiu o funcionário por justa causa.
Outra fonte de conflitos entre as empresas e empregados é o acesso às redes sociais do local de trabalho. Estudo da Triad, empresa de consultoria especializada, apontou que entre as mídias sociais a mais acessada nos computadores dos empregados é o Twitter (92,2%), seguido pelo Facebook (59,4%), YouTube (35,6%) e Orkut (35,4%). A mesma empresa de consultoria constatou que 80% dos empregados gastam até 3 horas da jornada de trabalho com atividades estranhas à função. Em alguns casos além da demissão o funcionário pode ainda ser condenado ao pagamento de indenização, quando a má utilização da Internet prejudicar a empresa.
Ricardo Trotta - é advogado, especialista em relações trabalhistas e sócio-titular de Ricardo Trotta Sociedade de Advogados.
Você é assertivo, passivo ou agressivo?
Há três maneiras de se relacionar com as pessoas: passivamente, agressivamente, e assertivamente. Descubra como você se comporta.Por Débora Martins
Como você se comporta normalmente?
É uma pessoa agradável e gentil? Procura se comunicar fazendo afirmações claras, breves e diretas? Faz perguntas para descobrir os desejos e opiniões das outras pessoas?
Se você respondeu afirmativamente a todas estas questões pode se considerar uma pessoa assertiva.
Há três maneiras de se relacionar com as pessoas: passivamente, agressivamente, e assertivamente.
Passivos
Falar sem muita segurança, voltar atrás, não saber argumentar ou ainda não ter certeza do que se disse, bem, acredito que não sejam lá atitudes muito boas. Afinal, como fica sua credibilidade? O passivo muitas vezes ouve, concorda e, meia hora depois discorda de tudo. Faz afirmações desconexas, usa palavras vagas e sempre procura não se comprometer.
Agressivos
Sabe aquele "carinha" que faz piadas de péssimo gosto e acha que é "humor inteligente"? Pois é... Ele também faz comentários negativos sobre tudo e todos, tenta convencer as pessoas de que está fazendo favores desinteressados, e ainda expressa suas opiniões como se fossem fatos. Pessoas assim, além de tumultuar os ambientes por onde passam, acabam sendo vistas como não confiáveis.
Assertivos
Obviamente, as pessoas que adotam um comportamento assertivo são as que têm maiores chances de sucesso em todas as áreas de suas vidas. Como vimos no primeiro parágrafo trata-se de uma postura que envolve basicamente o item comunicação, verbal e não verbal.
Portanto, analise algumas situações.
Procure lembrar como reagiu em determinada situação e quais foram os resultados. Constatará que em vários momentos se tivesse adotado uma postura mais assertiva poderia ter evitado algum conflito, por exemplo.
Pense nos "porquês" de os outros lhe depositarem confiança e perceberá que foi exatamente quando você se comportou de forma mais acessiva.
Bajuladores são envolventes e habilidosos, mas não enganam, diz especialista
'Puxa-saquismo' desagrada colegas e chefia, que consideram o comportamento prejudicial à imagem da corporação
Infomoney
Habilidosos e envolventes, os profissionais que têm o hábito de bajular a chefia para conseguir regalias no trabalho estão, cada vez mais, perdendo espaço nas organizações. Para se ter uma ideia, nem mesmo os gestores têm tolerado este tipo de comportamento, considerando tal atitude nociva ao ambiente empresarial.
De acordo com o diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Marshal Raffa, 'puxar o saco' do chefe deixou de ser uma vantagem para se tornar um problema, afinal, ninguém gosta de dividir espaço com alguém de caráter duvidoso, que não se pode confiar. “A própria liderança não aprova este tipo de profissional, pois eles tendem a comprometer a imagem da chefia e da empresa também”, diz.
Não raro, ainda é possível encontrar um ou outro gestor que mantenha tais profissionais na empresa, mas isto só ocorre para fins estratégicos. “A chefia pode aproveitar as características de um trabalhador com este perfil para tentar coletar informações estratégicas na empresa. Contudo, cedo ou tarde, o mesmo acaba sendo eliminado da equipe por seu comportamento”, informa Raffa.
O 'puxa-saco'
Para saber se o seu colega de trabalho se enquadra no perfil dos 'puxa-sacos de plantão' basta ficar atento às características dele. Normalmente, este tipo de profissional possui o hábito de manipular os colegas de trabalho, bem como as informações que circulam nos bastidores de uma organização.
“Nas reuniões, por exemplo, ele jamais apresenta uma opinião própria ou ousa discordar da chefia – mesmo se o gestor agir de forma inadequada”, informa Raffa.
Além disso, é deste trabalhador o mérito pelo famoso leva e trás dentro das empresas e pela habilidade de se promover por meio de seu relacionamento com a direção. “Ele está sempre a postos esperando uma oportunidade de aparecer e tecer elogios desnecessários para agradar alguém de seu interesse”, diz a consultora de etiqueta corporativa e marketing pessoal, Ligia Marques.
A visão da equipe
A visão de uma equipe sobre este profissional não costuma ser das melhores. Como não se mostra confiável e tende a revelar tudo à chefia, os colegas costumam se afastar e não deixam a desejar quando o assunto nos corredores é o tal bajulador.
“Ele é avaliado como o chato da vez. A situação se agrava ainda mais quando o 'puxa-saco' apresenta uma grande competência profissional. Aí sim, as crises dentro da empresa são garantidas”, diz Ligia.
Percepção da chefia
Vale lembrar que nem sempre ser habilidoso e envolvente pode ser garantia de sucesso em uma empresa, afinal, tais características ainda são encaradas de modo negativo no ambiente de trabalho. “Às vezes ele até consegue mostrar para a liderança que traz muitos resultados à organização, mas com o passar do tempo a máscara que o protege cai e ele é descartado”, diz Raffa.
Por esta razão, um gestor tende a colocar o profissional que apresenta este perfil em um segundo plano – mesmo apesar dos esforços do trabalhador ao elogiá-lo. “Todo exagero é mal visto e compromete a carreira. Os colegas mais próximos podem aconselhar o trabalhador a ser mais discreto em nome de seu próprio progresso profissional”, diz Ligia.
Entretanto, se nada disso adiantar, a dica é que o próprio gestor tome as rédeas da situação e esclareça o quão nocivo este comportamento pode vir a ser. “A conversa precisa ser franca para mostrar que aquele tipo de comportamento prejudica a imagem do funcionário perante o grupo, ao gestor e à empresa”, conclui Raffa.
Publicado 12/08/11
Pessoas do bem. Estão todos na santa paz?
Network e networking são palavras que fazem do vocabulário empresarial há bastante tempo. Net (rede) work (trabalho) ou rede de relacionamentos constitui uma ferramenta poderosíssima para quem está ingressando no mercado de trabalho ou para aqueles que buscam recolocação.
Quando bem trabalhado o Network pode abrir portas, mas o inverso também é verdadeiro.
Networking é muito mais que distribuir cartões e participar de redes sociais.
Hoje, 70% das contratações são frutos de um network eficaz.
Porém todo cuidado é pouco, pois em tempos de redes virtuais de relacionamento, “o tiro pode sair pela culatra”. Confiram no artigo 20 dicas de como fazer um networking vencedor.
Por falar redes sociais, o artigo Desabafo profissional nas redes sociais pode prejudicar trabalhador, por sua vez, fornece dicas preciosas para aqueles que as usam sem bom senso. Sugiro leitura atenta.
O uso da Tecnologia da Informação também ingressou nas entrevistas de emprego. O Skype tem sido usado para entrevistas com candidatos nos grandes centros. Acredito que em Joinville algumas empresas já se utilizam desse recurso. Por isso, é importante nos prepararmos.
Veja no artigo Skype: preparo e disciplina são fundamentais nas entrevistas de emprego e prepare-se para a novidade.
Desejo a todos os meus leitores que são pais e a todos os pais, um abençoado dia dos Pais, que também acredito que tenha de ser todos os dias. Mas a homenagem é justa.
Capacitações abertas para agosto:
- 15 a 19 – Vender é fácil; fidelizar o cliente é uma arte – Senac Jaraguá do Sul – à noite
- Informações: (47)3275-8414.
Capacitações abertas para setembro:
- 12 a 15 – Redação Empresarial – Senac Joinville – à noite
- Informações: 3431-6666.
Bom fim de semana. Fiquem com Deus.
Roseana
Consultora, palestrante e ministradora de capacitações na área da comunicação.
- Skype: preparo e disciplina são fundamentais nas entrevistas de emprego
Tendência no país, uso de vídeo chat impõe regras de etiqueta aos candidatos que utilizarem o recurso para fins profissionais
Infomoney
O uso do Skype como ferramenta de áudio e vídeo para fins corporativos tem crescido nos últimos anos. A tendência observada nas empresas promete não só agilizar os processos de seleção, mas também facilitar o relacionamento de profissionais com as organizações, independentemente da distância entre eles.
O uso de tal recurso, no entanto, exige preparo e disciplina, especialmente quando esta ferramenta é aplicada para fins profissionais, tais como reuniões e entrevistas de emprego. Neste segundo item, por exemplo, é preciso atenção redobrada para assegurar a transmissão de uma boa imagem.
De acordo com o headhunter da Michael Page, Marcelo Cuellar, o local onde a entrevista será realizada precisa ser avaliado com cautela. “O ideal é que o contato seja feito de um ambiente mais reservado e tranquilo, onde o profissional não seja interrompido e possa se concentrar na entrevista”, informa.
Tal precaução costuma ser importante em uma primeira avaliação, principalmente porque a primeira impressão é a que fica. Por isso, prefira locais particulares que, de preferência, apresentem boa iluminação. “As lan houses devem ser evitadas, por conta da falta de privacidade e do excessivo barulho presente em tais ambientes”, aconselha a sócia-gerente da filial de Curitiba da Asap, Mariciane Gemin.
Fique atento
Antes da entrevista, é importante observar alguns pontos que podem determinar como positivo ou negativo o desempenho de cada profissional.
O primeiro deles diz respeito ao horário. Assim como em uma avaliação formal, os recrutadores responsáveis pelo processo de seleção virtual também valorizam a pontualidade dos candidatos. Por esta razão, momentos antes da entrevista, o trabalhador deve se certificar do correto funcionamento de seus equipamentos de áudio, vídeo, bem como de sua conexão.
“Quando os problemas de conexão inviabilizarem o processo de seleção, a entrevista costuma ser reagendada”, esclarece Mariciane.
Apresentação para a cam
Seguindo este raciocínio, tal como em uma avaliação presencial, a virtual também exige dos candidatos uma apresentação adequada. Afinal, não é porque a entrevista será realizada de casa que os trajes tenham de ser informais.
“Não é necessário apresentar-se de forma social, mas é importante que o candidato tenha em mente que também não pode aparecer com uma roupa impessoal ou despojada demais”, esclarece Mariciane. Caso seja impossível se produzir da forma mais apropriada para a ocasião, o recomendado é que o candidato tente remarcar a entrevista ou posicione antecipadamente o recrutador sobre seus trajes.
Fuja dos erros
Um dos erros mais comuns observados pelos recrutadores neste tipo de avaliação é a dispersão dos candidatos. Hoje, não é raro encontrar pessoas que se esqueçam da seriedade de um processo de seleção feito a distância. “Alguns candidatos, por estarem na frente do computador, se distraem com a navegação em outros sites ou mesmo com o próprio BlackBerry e iPhone”, informa Cuellar.
Outro problema observado é a atenção à câmera, já que a timidez ou pouca familiaridade com o recurso faz com que os profissionais fujam do contato direto com este equipamento – o fato que não costuma ser bem visto pelos recrutadores, que preferem 'olhar' para os interessados nas vagas.
“Os profissionais precisam se lembrar que estão diante de uma câmera e prestar atenção ao que fazem diante deste equipamento, afinal, outras pessoas estão observando suas atitudes. Olhar para a cam em uma entrevista é fundamental”, avalia Mariciane.
Para a diretora da Stanton Chase, Selma Morandi, a linguagem utilizada também pode ser um dificultador durante os processos de seleção. “Os profissionais não devem ser prolixos em uma entrevista ou utilizar gírias. É preciso ter atenção e responder apenas aquilo que é questionado”, declara a diretora.
Também não é apropriado desconhecer totalmente o ramo de atuação da empresa que está recrutando. “É preciso ter familiaridade e mostrar conhecimento sobre o mercado para o qual a vaga é destinada. Outra dica importante é fugir do uso da primeira pessoa e atribuir as conquistas à equipe de trabalho, sem querer ter o mérito exclusivo de qualquer feito em âmbito profissional”, informa Selma.
- 20 dicas de como fazer um networking vencedor
Quem pensa que contatar pessoas somente em redes sociais ou distribuir cartões corporativos são garantias para um bom networking, está redondamente enganado.
Por Fábio Bandeira de Mello, Revista Administradores.
É verdade, caro leitor. O termo network virou moda e está até bem banalizado. Frases como "Você precisa fazer um bom networking" ecoam entre os quatros cantos do mundo corporativo e dentro das empresas de qualquer porte. Mas isso não parece ser à toa.
Você sabia que 70% das contratações são resultados de um bom networking? F
oi o que apontou um estudo elaborado recentemente pela Right Management, consultoria especializada em gestão de talentos e carreira. A pesquisa revelou que manter uma rede de relacionamento pode fazer a diferença na conquista de novos negócios e na procura por um emprego.
Porém, embora muito se fale sobre o tema, é comum encontrar pessoas que não sabem exatamente como por em prática seu network, ou como exatamente funciona isso. Não é suficiente apenas marcar encontros e trocar cartões para formar uma boa rede de contatos. É preciso estabelecer relações e compartilhar interesses e informações com outras pessoas.
"O networking surge não só como uma ferramenta extra nos negócios, mas sim como um talento diferencial de relacionamento", afirma Paulo Monteiro, diretor de vendas e operações de DealerNet. "Atualmente, não basta ter uma boa empresa e um bom discurso de apresentação de oferta, é preciso relacionar-se muito bem para atingir os objetivos", complementa.
Na prática, a maioria das pessoas só se dá conta da importância de sua rede de relacionamento – ou do quanto a negligenciaram – quando mais precisam, seja em um novo emprego ou no fechamento de algum negócio. É nessa escolha de momento que muitos erram. Especialistas são unânimes em rejeitar a ideia de pensar em network apenas quando se necessita de ajuda. E, pode ter certeza, há uma grande diferença entre uma relação interesseira e uma relação resultante de interesses.
O economista Eduardo Lago entendeu isso na pele. "Quando estava tudo bem, bom emprego, bom salário, vivia no meu 'mundinho fechado', mal me relacionava com as pessoas. Só que a mudança de diretoria – e a consequente demissão que sofri – fizeram com que eu procurasse aquelas pessoas que evitava no passado", relata Eduardo. Passados cinco anos do ocorrido e devidamente empregado, ele revela ter aprendido a lição. "Agora eu vejo que era um completo antissocial. Aprender a me relacionar mais com as pessoas não só me ajudou profissionalmente, mas também no meu comportamento como ser humano", destaca o economista.
Ponto de largada
O primeiro passo para um bom networking é fazer uma lista das pessoas que você conhece e avaliar qual é o seu nível de proximidade com elas, tanto do ponto de vista profissional quanto do pessoal. Lembre-se: é necessário investir tempo para cultivar as relações. Quando você tem uma rede de relacionamento forte, não precisa ser o "bam bam bam" em tudo. Possivelmente conhecerá alguém que poderá auxiliá-lo no assunto sem problemas.
Outro fator importante é frequentar novos lugares onde possa conhecer pessoas diferentes. Ir sempre aos mesmos eventos todos os anos vira mesmice e limita o alcance do seu grupo de contatos. Tenha em mente que congressos, palestras e reuniões com clientes não são os únicos lugares para trabalhar seu network. Bons relacionamentos profissionais podem ser construídos em uma mesa de bar, parques e em atividades de lazer.
Presencial e web
A tecnologia é também uma grande aliada na hora de gerenciar os contatos. Devido à correria do dia a dia e ao acúmulo de tarefas, redes como Linkedin, Facebook e até mesmo o MSN, são excelentes ferramentas para estabelecer uma troca de informações e interesses. Porém, adicionar contatos sem nenhum critério e se expressar inadequadamente não aumentarão seu poder de relacionamento.
"A internet e as redes sociais podem transmitir a sensação de informalidade. Mas é preciso prezar pelo bom senso, ética e saber bem a diferença existente entre a liberdade e a libertinagem", explica o palestrante comportamental Dalmir Sant'Anna. Para ele, "o respeito com sua base de contatos é essencial, não devendo enviar mensagens improdutivas, sem fundamentação e, principalmente, que possam gerar algum desvio da sua conduta ou imagem".
Outro fator importante é entender que, no network, quantidade não significa qualidade e não importa se os contatos foram estabelecidos presencialmente ou via web. Essa constatação foi feita em 2010 por cientistas da Universidade de Oxford, comandada pelo antropólogo inglês Robin Dunbar, ao realizarem uma detalhada análise sobre o tráfego de sites de relacionamento. O estudo apontou que uma pessoa interage, no período de um ano, com, no máximo, 150 contatos, independente da origem dessas relações – ou seja, pessoais ou on-line.
A pesquisa reforça a teoria de Robin Dunbar, que ficou conhecido nos anos 90. Para ele, o cérebro humano é capaz de estabelecer círculos de amizade com no máximo 150 pessoas. Então, cuidado na hora de apertar o botão "adicionar" em suas redes sociais. Lembre-se que é melhor ter 100 amigos conhecidos no Linkedin, com quem você verdadeiramente se relacione, do que ter 800 pessoas com as quais você nem troca um "oi".
- Top 20
Com a ajuda de especialistas, preparamos um guia com 20 dicas para que você prepare um network vitorioso.
- Saiba se expressar e seja claro para garantir que a pessoa esteja recebendo a informação correta;
- Planeje antes de fazer o contato e o faça de maneira personalizada;
- Cuide-se para ser uma pessoa interessante. Isso inclui ler, ir ao teatro, cinema, estar bem-informada etc.;
- Estabeleça um link de relacionamento (um assunto em comum) com o outro contato;
- Seja você mesmo e pratique seu network diariamente, de maneira natural;
- Partilhe ideias e convide o interlocutor para opinar sobre elas;
- Cuide da história que você está construindo;
- Aproveite os momentos em que as coisas caminham bem para desenvolver relacionamentos e cultivá-los;
- Reserve um horário para rever aquelas pessoas que não você encontra há algum tempo;
- Não é de bom tom procurar seus contatos apenas quando precisa de um favor;
- Não fale mal dos outros;
- No caso de necessitar de um favor, perceba se a pessoa entendeu suas intenções;
- Avalie se o novo contato vai lhe acrescentar algo. Lembre-se de que a relação é de troca;
- Tenha à mão seus cartões pessoais;
- Trate seu network como uma irmandade, em que existe fidelidade e ajuda mútua;
- Respeite as regras básicas da ética corporativa: não use seu network para roubar outros contatos, clientes e ideias ou espalhar boatos sobre a concorrência;
- Respeite a diversidade humana e compreenda que cada pessoa tem a sua maneira de pensar, agir e falar;
- Entenda um pouco de tudo e não se restrinja apenas a sua área profissional;
- Tenha em mente quais são as suas habilidades e competências;
- Mantenha-se sempre aberto a novos contatos.
Desabafo profissional nas redes sociais pode prejudicar trabalhador
Comentários maldosos ou irônicos sobre colegas e sobre a empresa podem motivar demissão, dizem especialistas
Infomoney
Se você é daquelas pessoas que não resistem a uma oportunidade de lançar no Twitter ou demais redes sociais que 'seu dia no trabalho começou mal' ou que 'o fulano da mesa ao lado não sai do seu pé', cuidado! Hoje, mais do que nunca, publicar desabafos corporativos podem trazer sérios prejuízos aos profissionais.
O cuidado vale para os usuários do Twitter, Facebook, LinkedIn e até mesmo dos programas de mensagem instantânea. Afinal, nos dias atuais, a probabilidade de que seu chefe tome conhecimento dos comentários publicados poucos minutos após sua divulgação são enormes.
De acordo com a especialista em etiqueta corporativa, Licia Egger, é praticamente impossível imaginar que ninguém irá ignorar um comentário de uma organização ou deixar de associá-lo à pessoa que o publicou. “As redes sociais possuem uma repercussão maior e mais descontrolada do que se imagina. Comentários negativos e positivos podem ser facilmente associados a quem divulgou as mensagens”, informa.
Avaliação norte-americana
Prova disso é que, nos Estados Unidos, muitas empresas têm investido na contratação de prestadores de serviços especializados em investigação web para se certificar da idoneidade de seus profissionais e futuros candidatos.
“Estas empresas rastreiam tudo o que uma pessoa posta nas redes sociais, desde o tipo de site acessado pelo profissional até os comentários escritos em cada página. A moda ainda é novidade no Brasil, mas logo deve ganhar adeptos por aqui”, diz o diretor da Regional Campinas da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Gilberto Sobrinho.
Para ele, os comentários podem soar tão mal para o trabalhador, que podem até influenciar em um futuro processo de seleção. “Se a pessoa coloca que é ética em seu currículo e o empresário observa que o perfil do candidato na rede social é completamente diferente, isto não só gera desconfiança, mas também pode comprometer os resultados da contratação”, diz Sobrinho.
Dicas: como agir
O primeiro passo para evitar situações embaraçosas dentro das corporações consiste em apenas utilizar as ferramentas de trabalho para fins profissionais. Em outras palavras, isto significa que, mesmo que o acesso às redes sociais seja liberado pelo empregador, que o funcionário se policie e evite o contato com tais sites para satisfazer suas necessidades pessoais.
“Por mais democrática que seja uma empresa quanto ao uso da internet, acredito que as pessoas devam evitar o acesso às redes sociais para uso pessoal e resolver suas desavenças corporativas dentro da organização e não na web”, avalia Sobrinho.
Além disso, evite misturar o perfil pessoal com o profissional. “Pense bem antes de postar algo, afinal, qualquer comentário maldoso feito na internet tem o mesmo efeito de algo falado nos corredores da empresa”, diz a consultora de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Rachel Vieira.
E isto não só pode ser considerada uma insubordinação, mas, conforme o grau de ofensa e o comprometimento da imagem da organização perante o público podem acarretar em uma demissão por justa causa. “Por se tratar de um espaço público comum, os comentários feitos acabam expondo de uma forma muito intensa a empresa”, informa Rachel.
E nada de comentários irônicos ou debochados, já que eles também podem provocar um efeito negativo e comprometer a imagem do empregador.
Publicado 05/08/11
Depois de um período falando sobre felicidade e outros sentimentos e sua importância tanto para a vida pessoal como profissional, voltamos a discorrer sobre mercado de trabalho, o que não significa dizer que nele não haja felicidade.
A internet facilitou sobremaneira a recolocação profissional, as agências têm posto à disposição cadastros on-line e os candidatos podem ainda enviar currículos pelos Correios. Mas será que isso funciona efetivamente? Tom Coelho, no artigo O peso do QI na recolocação profissional, fala da importância do networking e dá algumas dicas para aqueles que estão a busca de uma colocação ou recolocação profissional.
Já o segundo artigo, Por que as empresas querem saber da sua vida pessoal? aborda a questão das entrevistas de trabalho, nas quais os candidatos são questionados sobre sua vida pessoal. Qual a importância disso? Por que as empresas precisam desses detalhes, uma vez que a relação é profissional? Confiram!
Por fim, o artigo Saiba o que é mito e o que é verdade na busca por um emprego discorre a respeito do peso que pode ter a idade, filhos, deslocamento e disponibilidade para viagens nos processos de emprego. Será que isso é verdadeiro? Ou é mito? Sugiro a leitura do artigo.
Bom fim de semana. Fiquem com Deus.
Roseana
Consultora, palestrante e ministradora de capacitações na área da comunicação
O peso do QI na recolocação profissional
Currículos aleatoriamente enviados pelo correio ou preenchidos pela internet podem se configurar em pura perda de tempo. Tornam-se lixo, físico ou eletrônico, antes mesmo que alguém leia o nome do remetente.Por Tom Coelho
"Você é quem você conhece, não o que você faz." (Azalba)
Já engordei as estatísticas do desemprego há alguns anos. Eram tempos em que atuava como executivo, ocasião na qual conheci o trabalho das empresas de recolocação profissional.
Foi quando aprendi a preencher adequadamente um currículo, além de ser orientado sobre como me portar em entrevistas. Também passei horas analisando companhias diversas, escolhendo aquelas nas quais gostaria de trabalhar para, ato contínuo, enviar-lhes meu precioso portfólio, agora maquiado e vitaminado, na expectativa de ser convocado.
Ledo engano. Já naqueles tempos, início dos anos 1990, os processos de recrutamento estavam mudando. Currículos aleatoriamente enviados pelo correio ou preenchidos pela internet podem se configurar em pura perda de tempo. Tornam-se lixo, físico ou eletrônico, antes mesmo que alguém leia o nome do remetente.
Pesquisa recente realizada pelo Grupo Catho junto a 17.801 profissionais indicou que 56% dos cargos operacionais e 43% dos cargos de gerência foram preenchidos com base no QI do candidato. Não estamos falando do famigerado "quociente de inteligência", mas, sim, do "quem indicou". Networking, relacionamento, estas são as palavras de ordem. Há até quem opte por mudar de emprego graças à confiança depositada em quem lhe fez a indicação. Esses fatos levam-nos a algumas reflexões.
Sempre recebo mensagens de leitores comentando sobre sua insatisfação com a empresa em que trabalham. As queixas vão da falta de reconhecimento e ausência de desafios à baixa remuneração e inexistência de plano de carreira, passando inexoravelmente por problemas de relacionamento interpessoal, seja junto à direção, seja com os próprios colegas.
Estes profissionais vislumbram como única solução pedir demissão e buscar novos horizontes, como se o ambiente fosse a origem de todos os males, acreditando que em outra corporação os mesmos dissabores não acontecerão. Pior, há aqueles que optam pelo desligamento sumário da companhia, passando por uma semana de regozijo até caírem em si e na realidade de que nos assuntos relacionados ao dinheiro, como diria Victor Hugo, é preciso ser prático.
Diante dos fatos, alguns cuidados devem ser tomados para que uma proposta pretensamente interessante não se apresente como uma armadilha:
1. Cheque a oportunidade de trabalho. Verifique se a mesma é concreta e, mais ainda, permanente. Pode tratar-se de uma posição temporária e que não lhe garantirá estabilidade.
2. Pesquise a empresa. A internet é fonte inesgotável de informações. Acesse o site da empresa e, depois, os buscadores, para obter mais informações sobre o perfil da companhia e sua posição relativa no mercado. Dê especial atenção aos valores declarados pela organização a fim de observar se estão alinhados com seus valores pessoais.
3. Dissocie relações afetivas e profissionais. Se a indicação dada foi positiva, ótimo. E fim da história! Não convém associar o nome da pessoa que recomendou você ou lhe sugeriu a vaga durante o processo seletivo ou mesmo após o término deste. Seja grato, mas seja independente.
4. Prefira o pouco certo ao muito duvidoso. A menos que você disponha de uma boa herança ou alguém que lhe sustente, abdicar de uma remuneração lhe trará mais preocupação, angústia e ansiedade. Peça demissão somente após ter firmado sua recolocação.
5. Caia fora na hora certa. Isso não é um jogo de pôquer, mas é um jogo. Se a proposta de trabalho não corresponder às promessas feitas ou não atender aos seus anseios, prepare sua saída o quanto antes evitando prolongar sua insatisfação.
Recorde-se sempre da importância do networking. Na Era da Integração, num mundo sem fronteiras e regido pela conectividade, não são dados ou informações, máquinas e tecnologia, que fazem a diferença. São pessoas. E mais do que isso, relacionamentos.
Por isso, cultive o hábito de conversar com estranhos, pessoas que lhe avizinham num saguão de aeroporto ou numa simples fila no cinema ou no banco. Frequente outros ambientes, seja um restaurante, um bar ou um museu, e converse com quem lhe rodeia. E lembre-se sempre de portar cartões de visita. Destas relações fortuitas, pode surgir um novo curso em sua vida.
Por que as empresas querem saber da sua vida pessoal?
Perguntas desse tipo sinalizam questões que vão ser aprofundadas ao longo do processo de seleçãoInfomoney
Além de um exaustivo questionamento sobre as experiências profissionais e acadêmicas, os conhecimentos, as habilidades e os cursos que o candidato fez durante sua vida, na hora da seleção, as empresas também querem saber sobre a situação amorosa e se os concorrentes moram sozinhos, com os pais ou com amigos. Mas, para que tudo isso?
Alguns consultores de recrutamento e seleção concordam que as perguntas são importantes e têm seus objetivos, mas avisam, elas apenas sinalizam questões que podem vir a ser confirmadas ou não. Por exemplo, estar perto dos 30 anos e morar com os pais é algo que determina que a pessoa é acomodada? Não necessariamente.
O gerente de relacionamento da Foco Talentos, Gustavo Nascimento, explica que os recrutadores partem dessa resposta para compor o perfil do candidato. Logo, sabendo que o profissional está numa faixa etária relativamente avançada, e ainda mora com os pais, o recrutador vai tentar detalhar mais essa questão.
O aprofundamento é importante porque a resposta em si não é suficiente para determinar muita coisa. “Muitas vezes o candidato tem 30 anos, mora com os pais, mas é o responsável por quase todas as contas em casa. Assim como tem candidato que mora sozinho, mas os pais pagam todas as contas e ele não tem responsabilidade com nada”, avalia Nascimento.
Serão determinantes, portanto, as demais perguntas que vão ser feitas ao candidato. Ou seja, só com mais elementos em mãos, como, no caso do candidato morar sozinho, qual sua fonte de renda, quem paga o aluguel, porque ele optou por sair de casa, qual a relação que ele tem com a família, é que será possível traçar seu perfil.
O perfil da empresa exige
Há casos também em que as empresas simplesmente fazem esse tipo de pergunta porque querem profissionais que se encaixem no perfil da companhia. No caso da seleção de estagiários, por exemplo, tem empresas que preferem pessoas que morem com os pais, pois acreditam que, por conta disso, elas têm uma base familiar mais forte, fato muito valorizado pela empresa em questão.
De acordo com o diretor da Bazz, consultoria de recursos humanos e coaching, Celso Bazzola, “tem empresas que prezam o convívio familiar e vão preferir aqueles estagiários que ainda vivem com seus pais”. Vale ressaltar que isso não deve ser entendido como uma questão de preconceito, mas sim de enquadramento de perfil.
Um caso clássico, no qual a pergunta de ser solteiro ou casado pode acabar interferindo na contratação, é na seleção de vendedores e profissionais para as vagas de eventos. Essas vagas requerem grande flexibilidade da pessoa por conta da alta frequência de viagens. “Quando a pessoa é casada, tem filhos, dificilmente terá tanta disponibilidade”, pontua Bazzola.
Se parece lógico que se uma pessoa está nesta situação ela não irá se candidatar a esse tipo de vaga, nem sempre as coisas são bem assim. De acordo com a consultora de recrutamento e seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Mailara Germano, na ânsia por conquistar o emprego os candidatos acabam afirmando que possuem muito mais flexibilidade do que na realidade têm.
A pergunta que aborda o seu estado civil e os dependentes serve justamente para confirmar a situação. “Para saber da sua flexibilidade, é sempre preciso saber como é sua estrutura familiar, ou seja, quantas pessoas dependem dele, tanto financeiramente quanto psicologicamente”, observa Mailara.
Mas, de qualquer forma, isso também vai depender muito da realidade do candidato. “Tem pessoas casadas há anos que o companheiro também está em um cargo no qual tem que viajar muito. Nesse caso, por exemplo, não haverá interferência".
Saiba o que é mito e o que é verdade na busca por um emprego
Idade atrapalha? Ter filhos é um problema? E as redes sociais? Especialista responde dúvidas e dá dicas que podem ajudar bastante na busca por um empregoInfomoney
Quando o assunto é a busca por um novo emprego, muitas dúvidas surgem na cabeça dos candidatos. Aqueles que acabaram de ter filhos sofrem com a possibilidade de o empregador não querer pessoas com crianças pequenas. Outros, mais velhos, temem ser preteridos por conta da idade. Mas será que esses fatores realmente contam?
Para esclarecer estas e outras dúvidas, o InfoMoney consultou a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Juliana Gomes. Veja, abaixo, as respostas.
Idade atrapalha?
Segundo Juliana, quando o assunto é idade, as pessoas temem ser preteridas por serem mais velhas ou serem novas demais. Neste último caso, sobretudo, se estiverem pleiteando um cargo de liderança.
Entretanto, de acordo com a headhunter, tudo depende da posição e do perfil da empresa. “Não adianta querer colocar um profissional mais jovem para liderar pessoas com perfil sênior, por exemplo, e vice-versa”.
Ter filhos é um problema?
A questão de que as empresas não querem contratar pessoas com filhos, sobretudo pequenos, é um mito, afirma a especialista.
De acordo com ela, cada vez mais, as empresas estimulam a qualidade de vida do profissional e esperam que ele saiba administrar o tempo. “A questão é de maturidade de administração”.
Morar longe pode?
A distância e especialmente o tempo de deslocamento entre casa e trabalho são fatores nos quais as empresas prestam atenção, ganhando ainda mais importância nas grandes cidades, como São Paulo.
Por outro lado, Juliana explica que o tempo de deslocamento não é um fator de eliminação, mas pode ser “um voto de minerva” em alguns casos.
Não ter perfil em redes sociais é um crime?
As redes sociais entraram definitivamente na vida das pessoas e isso inclui o mercado de trabalho. Atualmente, diz a especialista, os recrutadores investigam como as pessoas se relacionam na rede, observando tanto o relacionamento com amigos como com o networking.
“As pessoas têm que estar na rede, ligadas no que está acontecendo”.
Ser mandado embora é sinal vermelho?
Ter sido mandado embora do trabalho não é motivo para preocupação. O problema, diz Juliana, é quando a dispensa se torna recorrente.
“É perfeitamente natural sair quando os valores da empresa não combinam mais com os da pessoa. O problema é quando isso acontece repetidas vezes”.
Muitos empregos em pouco tempo é ruim?
Neste caso, explica a especialista, a imagem do candidato pode ser prejudicada. O ideal é que a pessoa termine os projetos começados e fique ao menos de um a dois anos em cada companhia.
O contrário, acrescenta, ficar muito tempo em uma empresa também é ruim, especialmente se a pessoa não obteve qualquer evolução no período.
Processo de trabalho e licença saúde impedem novo emprego?
Ter no “currículo” um processo de trabalho ou uma licença saúde não impacta na busca por um novo emprego, esclarece Juliana. Contudo, no primeiro caso, diz, muitos processos podem chamar a atenção.
Já no segundo, independentemente do que tenha acontecido, explica, o que importa é postura do profissional, o comprometimento com o trabalho e os resultados obtidos.
Publicado 25/07/11
Vamos falar de felicidade? No livro “Conversa sobre a fé e a ciência”, recém-lançado, um encontro entre Frei Betto e Marcelo Gleiser, Frei Betto relata uma história muito bonita sobre a felicidade.
“Um homem muito rico refletia sobre o ter de tudo, mas não tinha felicidade. E resolveu vender tudo e sair em busca da felicidade. Viajou por toda terra e acabou um dia nas “arábias”. Foi a um mercado e perguntou se eles tinham e se vendiam felicidade. Todos riram e disseram que tinham muita coisa que nos dá prazer, mas felicidade não tinha. Um cameleiro que passava pelo local ouviu a pergunta e lhe disse que no meio do deserto ele havia visto uma tenda com o nome “Felicidade”.
O ricaço entrou no deserto caminhou muito e um dia encontrou a tenda. Entrou e havia uma moça como atendente. Perguntou se tinha a felicidade e ela respondeu que sim. “Quero comprar”, disse o homem rico. A moça respondeu que não estava à venda, que eles não vendiam, eles davam. O homem pediu então que lhe desse. A moça vai ao interior da tenda e volta com uma caixa de fósforos com algumas sementes. Abismado o homem argumentou que não via a felicidade numa caixa de fósforos com algumas sementes.
A moça esparrama as sementes pelo balcão e diz:
“Senhor, esta semente aqui é a do amor, esta outra, a da generosidade; aquela da solidariedade... Se cultivar cada uma delas, o senhor será feliz”.
Cada pessoa tem um conceito particular sobre o que é felicidade. O que representa para um, não tem a mesma intensidade para outro. Leila Navarro em seu artigo O importante é ser feliz, faz uma análise perfeita a respeito do assunto. Quem sabe ser feliz é contribuir para a campanha do Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria e ajudar a construir a casa de apoio aos familiares que acompanham seus enfermos em tratamento de câncer no HJAF? (Veja como colaborar).
Ou ser feliz é dizer sim para mim? Reginah Araújo, em seu artigo Hoje falarei sim para mim! analisa a questão. Christian Barbosa contribui para dimensionarmos a felicidade em seu artigo A vida acontece lá fora. Confiram!
Capacitações abertas para julho:
- 26 a 29 – Redação empresarial como ferramenta para uma gestão eficaz (com o Novo Acordo Ortográfico) - AEMFLO/CDL São José – à noite. Informações: (48) 4009-5517.
Capacitações abertas para agosto:
- 08 a 11 – Redação Empresarial – Senac Joinville – à noite - Informações: 3431-6666.
- 15 a 19 – Vender é fácil; fidelizar o cliente é uma arte – Senac Jaraguá do Sul – à noite - Informações: (47)3275-8414.
Roseana
Consultora, palestrante e ministradora de capacitações na área da comunicação
O importante é ser feliz
*Leila Navarro
Felicidade... sentimento que é tão almejado por todos. Nós passamos a vida inteira buscando a felicidade e parece difícil de ser encontrada. O problema é que atribuímos a responsabilidade da nossa felicidade aos outros, como se eles fossem culpados pela realização, ou não, dela. Mas como acabei de dizer, se é nossa como pode ser responsabilidade de outrem?
Acredito que nascemos para a alegria e o riso e que o ser humano tem o dever de ser feliz. Afinal, a felicidade pode ser aprendida, desenvolvida, recriada e aprimorada. A vida nos dá diversas chances para alcançarmos a felicidade. Se formos felizes, provavelmente teremos pessoas felizes ao nosso redor. Temos de admitir que apesar de todas as dificuldades do dia a dia, rimos mais do que choramos, conversamos mais do que nos lamentamos e ficamos mais alegres do que tristes, por isso, quero erradicar a infelicidade e levantar a bandeira da felicidade assumida.
O mundo depende de pessoas felizes para sobreviver, já que elas são mais rápidas para tomar decisões importantes, são menos afetadas por doenças e acidentes, têm mais amigos e levam uma vida social mais agradável, são menos egoístas e o mais importante, elas reagem positivamente às situações de adversidade e tem controle sobre o seu estado de espírito.
A felicidade é uma característica altamente valorizada nos dias de hoje, e que eu considero que deva ser meta de todo ser humano. Uma ação que possibilita o alcance desse objetivo é ajudar alguém. Se você conseguir colaborar com seus talentos e habilidades a favor do planeta e seus habitantes (uma tarefa muitas vezes difícil), sua vida jamais será a mesma. Porque dessa forma, com certeza, irá evoluir como pessoa, e também como espírito, se sentirá útil para a sociedade.
Este último fator é importantíssimo, já que a felicidade hoje está diretamente relacionada a habilidades como bom relacionamento interpessoal, a coragem, a flexibilidade, fé, criatividade, força de vontade, ética, curiosidade, compaixão, produtividade, curiosidade, esperança e entusiasmo. Quando ajudamos alguém, estamos exercitando algumas dessas características, ou talvez todas elas.
Além disso, podemos perceber que cada pessoa é única e que nossas atitudes poderão ser muito importantes para uma sociedade melhor, mais justa, mais feliz...
Então, descobrimos que a nossa existência faz diferença, nada seria igual se não tivéssemos existido.
E você, é feliz? Não? Vamos! O que está esperando para se tornar uma pessoa feliz? Depende somente de você...
* Leila Navarro é palestrante motivacional com reconhecimento no Brasil e no Exterior. Autora de 13 livros, entre eles, “Talento para ser Feliz”, “Talento à prova de crise” e “A vida não precisa ser tão complicada”.
Fonte: O importante é ser feliz – Leila Navarro - Jornal Carreira e Sucesso
Hoje falarei sim para mim!
Reginah Araújo
Desde muito pequenos, um sentimento que parece ser inerente ao ser humano é de não conseguir dizer “não”. Nós frequentamos festinhas que não queremos ir por não saber dizer “não” ao dono da festa ou para o marido/esposa. Fazemos coisas no nosso dia a dia para agradar os outros. Muitas vezes estamos nos relacionando com alguém pelo simples fato de não conseguir dizer um “não” e dar um “chega pra lá”. E quantos CDs, DVDs e livros nós emprestamos querendo dizer “não”, mas acabamos fazendo aquilo que não queríamos: emprestamos o objeto sabendo que nunca mais veremos.
Vários pais passam uma vida trabalhando “24 horas por dia” para poder oferecer aos seus filhos, viagens, tênis da moda, só porque não sabem falar não. E nós?
Temos que viver a vida inteira agradando às pessoas? Esta cultura de não saber dizer “não” vem embutida com o nascimento. Logo que nascemos aprendemos que é chato dizer não, aprendemos que nossos pais, mães, amigos, maridos, namoradas, amantes, ficarão magoados com a negação. Então, para agradar, passamos por cima dos nossos sentimentos.
Ensinamos nossos filhos a serem educados e agradecer a um presente que não gostou, a dizer que o bolo está uma delícia mesmo quando odiamos o ingrediente, que devemos elogiar o penteado medonho que nossa tia inventou e por aí vai. Já crescemos com a cultura do “tenho que agradar” para fazer parte dessa turma!
São tantos “tenho que”! Aliás, leitores, pensem comigo, dentro da nossa verdade nós “não temos que nada”, nós podemos, ou queremos, ou precisamos, mas podemos dizer “não” a todo instante.
Quando falamos “não” para alguém fica o remorso, no qual preferimos fazer aquilo que não queremos a ficar com a “consciência pesada”. E nós? Como ficamos, temos que passar uma vida inteira fingindo? Fingir durante toda uma vida ou viver uma vida mais ou menos é cultural! Casamentos mornos, empregos frios, amizades superficiais e relacionamentos estacionados.
Temos medo de mudar. Então, é mais fácil viver como todos vivem do que fazer a diferença. Mudar dói. Dói porque os outros não vão gostar; e como somos criados para fazermos conforme o vizinho e os parentes querem, o medo de “chatear’ é mais forte que nossos desejos!
Será que temos mesmo de viver para a felicidade dos outros? Quantos chefes estão com secretárias incompetentes que ficam com dó de demiti-las? Quantas vezes você emprestou aquele objeto para seu amigo, ele nunca mais devolveu e você não teve coragem de pedir de volta?! Vamos nos amar e pensar em nós em primeiro lugar. Este medo de quebrar paradigmas só faz cada um entristecer-se mais e mais. Não faz mal ser diferente. O que faz mal é não ser feliz; e não fazer aquilo que é bom para si mesmo.
Comprovadamente, as doenças de cistos, caroços, tumores, malignos e benignos são causados pela dificuldade em se afirmar diante de pessoas, acontecimentos e fatos da vida.
Aceitar que as pessoas vão continuar te amando mesmo que você “diga não” é algo que ameniza o medo da rejeição e pense comigo, caso não te aceitem valeria a pena continuar no “mundo do sim” mesmo infeliz?
Nós não somos robôs e não precisamos viver programados a fazer conforme as pessoas esperam da gente. Lembrando: nós somos seres humanos e temos a escolha, o livre arbítrio de saber dizer “não”. Vivemos também para nos fazermos felizes. Procure mudar, falar “sim” para si próprio, fazer aquilo que é melhor para você.
Treine! Comece a dizer “sim” para si mesmo, que pode ter certeza que isto também fará os outros felizes. E, só por hoje, diga forte, com convicção e felicidade: não!!!
Fonte: Hoje falarei sim para mim! – Reginah Araújo - Jornal Carreira e Sucesso
A vida acontece lá fora
* Christian Barbosa
Qual foi a ultima vez que você saiu do trabalho com energia total, disposição e vontade de estudar, fazer um exercício, ler um livro, brincar com seus filhos ou algo diferente para você? Muitas pessoas não lembram da última vez que conseguiram sair do trabalho com disposição para literalmente fazerem algo por suas vidas.
As empresas viciadas nas urgências, a má gestão do seu tempo e da equipe, a falta de prioridades claras, o excesso de reuniões e o volume desnecessário de e-mails criaram uma "matrix corporativa", exatamente como no filme "Matrix".
Vivemos dentro desse mundo viciante, que nos envolve por completo, suga nossa energia, nos dá a impressão de que o tempo está correndo mais rápido, e no final, fica aquela sensação de que algo não foi feito. Já se sentiu assim alguma vez?
Esse "algo que não foi feito", é literalmente você! Que está sempre sobrevivendo nesse ambiente, mas nunca sai da "matrix" para viver de verdade. É para isso que serve a administração de tempo, a produtividade e tudo isso sobre o que vivo falando. Para tirar você da Matrix!
Nosso trabalho é ilimitado, vamos sempre achar coisas para fazer, nunca acaba. Agora, o seu tempo, é limitado. Isso significa que se você não colocar um limite para sua vida profissional, a vida pessoal não vai existir. Tudo pode ser negociado ou priorizado para outro momento e quando não tiver jeito, deve ser a exceção e nunca a regra.
A chave para tornar isso uma realidade é trabalhar melhor, de forma mais inteligente, utilizando melhor seu tempo no dia a dia. Você deve descobrir aquilo que mais consome seu tempo e trabalhar na redução desse item, aprender a priorizar com base em critérios de resultado para conseguir planejar e ter maior flexibilidade.
Existem várias formas de fazer isso. Uma delas é criar uma meta pessoal de redução do seu horário de trabalho. Por exemplo, vamos supor que você trabalhe 12h/dia, você poderia colocar uma meta de reduzir para 11h/dia nos primeiros 60 dias. Isso é realista, vá aos poucos.
Crie um compromisso repetido na sua agenda que tenha horário de início para a hora que deseja sair, com o seguinte título: "A vida acontece lá fora". Ache algo de que você goste muito para fazer e coloque para depois do seu expediente, e sempre que possível, varie essas atividades.
Quem tem um motivo forte, uma boa razão para "viver fora da matrix", vai conseguir. Isso é limitar seu tempo, aprender a usar bem as horas dentro do expediente e evitar uma sobrecarga de horas extras.
Eu já fiz isso diversas vezes com executivos que querem viver seu tempo com mais sabedoria, dá resultado, claro que não da noite para o dia, demora, mas acontece. Se achar que não vai dar certo, faça uma experiência: Imagine-se no futuro, com uns 90 anos de idade, e conversando com seu EU de 90 anos, perguntando o que ele faria hoje! Pergunte se ele gostaria de ter passado mais tempo no escritório ou vivendo fora da Matrix! Faça o seu EU 90 ter orgulho do seu EU NOW, ele com certeza será seu melhor conselheiro.
Quem quer faz, quem não quer sempre vai encontrar uma desculpa.
A vida acontece lá fora!
Fonte: A Vida Acontece Lá Fora – Christian Barbosa - Jornal Carreira e Sucesso
Em situações adversas, cuidado para não superdimensionar problemas
Psicóloga orienta profissionais a enfrentar circunstâncias desfavoráveis; resiliência é cada vez mais importante no mercado
Infomoney
A dinâmica atual do mercado, com mudanças cada vez mais rápidas e constantes, acaba gerando um clima de instabilidade para os profissionais. Nesse contexto, os fracassos e as experiências negativas se tornam muito mais comuns do que se gostaria. No entanto, a maneira como o profissional reage a esse tipo de situação pode ser o que vai definir uma carreira de sucesso ou uma que simplesmente não sai do lugar.
A professora de Psicologia Organizacional e do Trabalho da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), Carmen Lúcia Rittner, destaca três atitudes imprescindíveis para o indivíduo não se deixar abater pelos obstáculos que encontra no meio do caminho, sendo elas: saber dimensionar bem os problemas, não ser radical e tentar sempre buscar outras opiniões.
Dimensione bem os problemas
Antes de mais nada, é preciso ter em mente que não existe um profissional que passa por toda uma carreira sem impactos negativos. “O bom profissional é aquele que acerta na maioria das vezes”, avalia Carmen. A psicóloga ainda pontua que, apesar de errado, é comum os profissionais darem importância exagerada às situações negativas.
O importante, então, não é querer construir uma carreira sem erros ou fracassos, mas, sim, aprender a dimensionar de forma racional as situações desfavoráveis que acontecem em sua trajetória. Se um projeto fracassou ou uma atividade não saiu da forma prevista, lembre-se de que ninguém vai avaliar seu desempenho olhando apenas uma ou outra atividade específica, mas observando todo o conjunto do seu trabalho.
Buscar outras opiniões também é importante, pois vai ajudá-lo a ter uma avaliação melhor do que aconteceu. “Para você entender o que está acontecendo, é preciso ouvir o que os outros estão dizendo, buscando outros pontos de vista”, orienta Carmen.
Resiliência
Uma competência que vem sendo muito bem vista pelas empresas atualmente é a resiliência. De acordo com o diretor da Entheusiasmos Consultoria em Talentos Humanos, Eduardo Carmello, a resiliência “é a capacidade do profissional de promover as transformações necessárias para alcançar o seu propósito”.
Essa capacidade se aplica também nos momentos adversos, ou seja, quando acontece algo desfavorável, o profissional constrói artifícios para enfrentar e suportar a situação. Na prática, o indivíduo que possui essa competência não se sente vítima da circunstância, mas tende a encará-la racionalmente.
Além disso, não olha para as situações desfavoráveis como perigos ou ameaças, mas enxerga nelas desafios e oportunidades. “É tudo uma questão de como ele percebe as situações. Ele não vai travar ou ficar na defensiva, o que ele vai fazer é desenvolver estratégias para enfrentá-la”, explica Carmello.
Não se isole
Outro erro observado no comportamento de muitos profissionais é a tendência de se isolar quando estão passando por um momento complicado. Carmello explica que todos precisam de um apoio, seja de um amigo, seja de um gestor, um coaching ou mesmo de um familiar. "Buscar ajuda evita que o profissional aprofunde a crise", finaliza Carmello.
Publicado 15/07/11
Feedback é principal ferramenta para se desenvolver no trabalho
Se não concordar com a avaliação que seu gestor fez de suas tarefas, reflita sobre o assunto antes de argumentar
Infomoney
Trabalho, trabalho e mais trabalho, mas e o feedback? Um dos elementos fundamentais para o jovem em início de carreira é a avaliação frequente das suas tarefas, pois esta ainda é a única forma de alinhar o trabalho desenvolvido com o que de fato estão esperando de você.
Marshal Raffa, gestor de recursos humanos da Ricardo Xavier, empresa especializada na área de RH, reconhece que, atualmente, muitas empresas deixam o feedback de lado, alegando falta de tempo. No entanto, a avaliação é importante para os dois lados e é o que vai servir como referência para o desenvolvimento do trabalho.
Entendida sua importância, antes de tudo, o jovem profissional precisa ter consciência que avaliação do seu trabalho não é algo ruim. Apesar das críticas negativas que possa receber, são justamente elas que vão ajudá-lo a melhorar, e, consequentemente, se destacar dentro da corporação.
Acompanhamento
Raffa também observa outra falha importante nesse processo de avaliação. “Muitos gestores dão feedback pontuais sem se preocupar com o acompanhamento”, afirma. De acordo com o gestor, é improdutivo apenas levantar as questões, mas não fazer um acompanhamento delas.
Para que o profissional se desenvolva de fato, ele precisa saber o que faz bem e aquilo que não tem domínio, ou apresenta algumas falhas. Constatados os problemas é preciso acompanhar a evolução, para verificar se o que foi dito também foi entendido e se está no caminho certo.
Como só o acompanhamento vai dizer se está havendo ou não uma evolução no desenvolvimento das tarefas, é primordial que o feedback tenha um periodicidade pré-determinada. Quinzenalmente, mensalmente, bimestralmente, isso quem vai definir é o gestor, mas é importante lembrá-lo.
E se eu não concordar?
Não há nada de errado em não concordar com a avaliação que estão fazendo sobre o seu trabalho. Contudo, muito cuidado com a forma que você vai lidar com isso. Saiba que nada do que está sendo dito deve ser levado para o lado pessoal, a intenção do seu chefe é que você melhore, se aperfeiçoe e siga em frente.
Uma sugestão interessante é deixar claro para o gestor os pontos com os quais você não está de acordo e pedir um tempo. Isso mesmo, peça um tempo de uma semana para refletir sobre o que foi dito. Muitas vezes, quando recebemos uma crítica, não temos a capacidade de julgá-la na hora, e, se formos argumentar, podemos sair perdendo.
Volte para sua mesa e continue seu trabalho normalmente, mas agora, não tire da cabeça aquilo que foi dito. Depois de uma breve reflexão você pode se surpreender, percebendo que na realidade ele tinha razão e era você quem não estava enxergando direito.
Cobre a avaliação
Muitas empresas não têm uma política de avaliação, ou seja, fica a critério do gestor fazer ou não fazer os feedbacks. Se sua empresa for uma delas, a recomendação do gestor da Ricardo Xavier é que o profissional converse com seu gestor e solicite uma avaliação.
Vale ressaltar que feedback é para ser feito pessoalmente, e-mail é uma forma muito fria para ser usado para este fim. Mesmo porque, se já é complicado fazer com que as pessoas entendam o que queremos dizer quando estamos cara a cara com elas, isso fica ainda mais difícil por meio de um computador.
Estratégias para reação às críticas
* Dr. Neil Hamilton Negrelli Junior
Somos criticados quase que diariamente e apesar disso, por vezes, vejo pessoas reagirem bastante mal à crítica.
Enquanto alguns usam a crítica como fator de evolução pessoal, muitos a tomam como algo pessoal e acabam se abatendo ou sendo dominado por ela. É comum ver pessoas se deprimindo ou chorando quando recebem uma crítica e isso se deve ao significado atribuído à crítica. Possivelmente a pessoa considerou-se diminuída ou humilhada pelo que foi apontada.
Às vezes, se justificam automaticamente, sem ao menos prestar atenção em como poderiam melhorar com o que ouviram.
As pessoas que usam a crítica como fator de evolução, ao invés de reagirem imediatamente a isso, conseguem de alguma forma pensar: - “Como posso me beneficiar do que estou ouvindo?”
ENTENDENDO AS BASES DAS ESTRATÉGIAS:
Quando ouvir a crítica vamos dividi-la em duas partes:
1 – Objetivo ou conteúdo da crítica
2 – Forma como a pessoa elaborou a crítica
1 – QUANTO AO OBJETIVO OU CONTEÚDO DA CRÍTICA:
- Como posso usar essa crítica para melhorar meus comportamentos e me tornar uma pessoa mais evoluída?
- Qual a intenção positiva que essa crítica pode ter?
- Será que essa pessoa deseja alguma melhoria em minhas ações?
Duas possibilidades poderão surgir:
a) Sim, posso melhorar no aspecto “x”.
b) Não, honestamente não vejo no que posso melhorar.
2 – QUANTO A FORMA DE CRÍTICA
Algumas pessoas são extremamente hábeis em mostrar a você um caminho novo para solução de seus conflitos atuais.
Amigos que têm carinho por você dão críticas honestas que podem ajudar muito em sua evolução. Sabem como criticar sem ofender e por muitas vezes você agradece pela possibilidade de poder ter percebido algo que poderá lhe ajudar na conquista dos seus objetivos.
Nestas ocasiões é muito mais fácil reagir às críticas, porém não podemos perder a chance de evoluir mesmo frente a pessoas que não possuem tanto tato ou são realmente mais grosseiras.
Sendo assim, quanto à forma, podem surgir 2 opções:
a) A forma foi gentil e adequada.
b) A forma foi inadequada.
FORMAS DE REAÇÃO A CRÍTICA
1 – OS 4 QUADRANTES
Uma maneira bastante adequada de responder a crítica é montar os 4 quadrantes seguintes:
CONTEÚDO CONCORDO NÃO CONCORDO
FORMA
ADEQUADA I II
INADEQUADA III IV
Quadrante I
Concordo com o conteúdo e a forma é adequada. Respondo agradecendo a pessoa pelo seu cuidado e carinho para comigo.
Quadrante II
Forma adequada, mas não concordo com o conteúdo. Neste caso acredito que não fui capaz de entender o que a pessoa pretende com sua crítica. Gentilmente peço que ela explique melhor sua intenção.
Quadrante III
Concordo com o conteúdo, mas a forma é inadequada. Agradeço pelo conteúdo e faço crítica à forma.
Quadrante IV
Não concordo com o conteúdo e tão pouco com a forma. Peço que a pessoa explique com mais calma, pois não entendi o que ela deseja.
Uma forma simplificada de reação pode ser desenvolvida com o exercício abaixo:
Levando em conta que para muitos o hábito da reação imediata é algo muito enraizado no repertório comportamental desenvolvido, gosto muito de usar uma estratégia inicial que desenvolvi para que as pessoas possam chegar a estas formas um pouco mais complexas de reação. Desenvolvi isso em cursos de oratória, onde frequentemente a pessoa está inconsciente de suas deficiências. Realmente ela não percebe como emite sua comunicação.
O que faço?
A pessoa apresenta determinado tema e recebe feedback de outros 4 ou 5 treinandos, ela poderá usar estes feedbacks para melhorar sua próxima apresentação ou simplesmente desprezá-lo, como for mais confortável a ela. A única coisa proibida é responder ou justificar a crítica.
Penso que essa é a forma simples: ouça a crítica, se puder aproveitar para evoluir ótimo, caso contrário apenas silencie-se!
*Dr. Neil Hamilton Negrelli Junior é médico formado pela USP. Membro da Sociedade Pan-Americana de Trauma. Empresário há 25 anos com foco em Formação de Equipes e Liderança. Master Practitioner e Trainer em PNL. Presidente do INEXH e presidente da Sociedade Brasileira de Neurociência.
Fonte: Estratégias para reação às críticas – Dr. Neil Hamilton Negrelli Junior - Jornal Carreira e Sucesso
Feedback, preciso dele agora!
Certa vez um gestor, incomodado com determinada atitude de um de seus colaboradores, chamou-o em sua sala:
- Fiquei sabendo o que houve em seu departamento. Não gostei. E não tenho nada para te dizer hoje. Saia da minha frente. Amanhã conversamos!
É fácil imaginar como deve ter sido a noite deste pobre rapaz! Provavelmente sem dormir, passaria longas horas até o raiar do sol no dia seguinte, procurando compreender a irritação do chefe e as consequências para sua vida profissional. Com certeza sonegar feedback é uma espécie de castigo psicológico, e dos mais cruéis.
Talvez você esteja se perguntando que tipo de gestor nos dias de hoje ainda é capaz de cometer tal ato de assédio moral. Acreditem, meus caros leitores, isso e muito mais acontece em nossas empresas, em pleno século 21.
Mas não vamos falar dos casos extremos. Pense apenas no silêncio enfrentado pelos colaboradores de sua empresa que estão lá há anos, sem obter qualquer tipo de retorno acerca de seu desempenho. Será que estou agradando? Tenho aspectos em que deixo a desejar? Meu trabalho é bem visto por meus superiores? Silêncio. Apenas silêncio.
Gestores explicam a falta de feedback da seguinte forma: “enquanto não chamo para conversar é porque está tudo bem. Pode ir tocando o barco. Não tenho tempo a perder”. Mas então, porque não oferecem elogios? A resposta é simples: porque, segundo eles, elogiar estraga!
A verdade é que dar feedback exige preparo. Mesmo quando a intenção de colaborar com o crescimento do outro é genuína, dar feedback pode gerar certo incômodo na relação entre as duas partes envolvidas, por isso as pessoas optam pelo silêncio, por fingir que está tudo bem.
No entanto, o problema só vai crescendo, até chegar a um ponto em que uma simples conversa não resolve mais. Aí, as saídas precisam ser radicais: demissão, término de contratos, rupturas de vínculos afetivos, fim de relacionamentos.
Na maioria das vezes, a melhor forma de resolver os problemas não é ignorando-os. Dar feedback é um gesto de amor. Exige empenho, preparo, preocupação com o crescimento do outro. E os resultados compensam todo o esforço.
Lembre-se: a qualidade dos relacionamentos depende dos feedbacks oferecidos. Portanto, reavalie suas relações. Existe alguém que necessita de um feedback seu? Quando foi a última vez que você ofereceu um elogio sincero? Então, tome uma atitude. Faça a diferença na vida de alguém agora!
Márcia Luz
Plenitude Soluções Empresariais
Publicado 24/06/11
Acredito que a maioria de vocês deve lembrar-se do caso Geisy Arruda (como acontece com casos idênticos, de celebridade momentânea, esse também já caiu no esquecimento). Para Geisy, o uso de roupas inadequadas rendeu fama e dinheiro, mas não proporcionaram sua manutenção no mundo das celebridades, por não ter um conteúdo condizente. Marketing Pessoal é um mix de quatro elementos: embalagem, conteúdo, visibilidade e networking. Bem, a embalagem é o que é mostrado logo no princípio. Por isso, devemos cuidar muito bem dela. Vejam as dicas no artigo Você é o que você veste, de Yuri Carneiro.
O segundo artigo fala dos impactos jurídicos sobre a má utilização da Internet no ambiente e no horário de trabalho. Esse aspecto também traz implicações para um marketing pessoal, que podem ser positivas ou negativas. O artigo Utilização irregular da internet pode gerar demissão por justa causa, diz advogado, o segundo de hoje, traz um alerta muito importante.
Por fim, o último artigo fala da importância do feedback. Muitas vezes temos comportamentos inadequados que não percebemos (O Eu Cego, da Janela de Johari) e é por meio do feedback, ou seja, dos sinais dados pelas pessoas com quem convivemos é que passamos a percebê-los. O feedback não é uma verdade que alguém tem a meu respeito, mas sim uma observação sobre determinado comportamento. Por isso, saber dar e saber receber feedback é uma arte. Confiram: Tabu organizacional: dar e receber feedback.
Você é o que você veste
Como uma imagem pode mudar o rumo da sua carreira
Por Yuri Carneiro
No mundo corporativo, pode parecer um pouco agressivo, mas infelizmente, você é o que você veste.
Não é possível quantificar a importância de uma roupa em determinadas ocasiões ou ambientes.
Dentro desse pensamento, temos ainda a representação individual: preferências, modismo, religião...
Vários conceitos que se bem interpretados dizem muito sobre qualquer individuo.
O mesmo serve para a imagem inteira: acessórios, bolsa, sapato... Todo um conjunto pode fornecer um breve relatório sobre o estilo de vida da pessoa, e acreditem, com certa perfeição.
Temos exemplos bem comuns: aquela entrevista para o emprego desejado, jantar com os pais do(a) pretendente, casamento, formatura etc.
Você pode ter quais qualidades forem, se você não estiver bem apresentável, lá se vai a sua credibilidade, e com ela tudo o que você anseia que esteja relacionado.
Para quem duvida disso, temos o caso da estudante Geisy Arruda, que ficou famosa pelo seu "look alternativo". Não que eu queira dizer algo, mas a associação da imagem dela ao seu "vestidinho rosa" já diz bastante quanto a sua personalidade.
Não que eu esteja "rotulando todas as pessoas", apesar do texto se tratar EXATAMENTE disso (confuso?), mas existem ocasiões e lugares para certos tipos de roupa. E não adianta ninguém falar que a aparência não conta porque conta sim, mesmo que de primeira impressão (que dizem, é a que fica).
Vários instrutores de carreira dizem que o primeiro passo para se alcançar o cargo desejado é o modo como se anda e se veste.
Não é necessário virar um modelo, mas segundo a Fernanda Campos, sócia-diretora na área de recrutamento de executivos da empresa Mariaca, é possível ter êxito se seguir algumas regras:
Garantia de sucesso
1. Autoconhecimento e vontade de acertar.
2. Investir em peças clássicas e duradouras, em vez de seguir a moda, que sempre muda.
3. Conhecer o ambiente e os códigos empresariais. Há empresas que adotam a informalidade como regra. Outras são bastante rigorosas.
4. Apostar em uma imagem que não só agrade aos outros, mas principalmente a si mesmo, usando sempre de bom senso.
5. Usar roupas adequadas à idade e ao tipo físico. E respeitar o número de seu figurino – nem roupas muito largas, que aparentem desleixo, nem extremamente justas, que podem ter uma conotação de vulgaridade.
6. Entender o código das cores.
7. Usar a roupa certa em momentos diferentes (não ir para o trabalho com roupa de festa ou de noite ou vice-versa).
Nem pensar (para as mulheres)
1. Excessos no vestuário –– calças apertadas, peças transparentes, decotes ousados, saias muito curtas, fendas insinuantes, que muitas vezes tocam a fronteira da vulgaridade.
2. Excesso de acessórios – os complementos não devem aparecer mais do que a vestimenta. Portanto, nada de brincos muito grandes, profusão de pulseiras nos braços.
3. Muito perfume e maquiagem excessiva.
4. Roupas puídas, que passam imagem de desleixo.
5. Achar que qualquer um pode usar qualquer coisa, em qualquer lugar.
Nem pensar (para os homens)
1. Barba por fazer (se usar barba, deixe-a bem aparada).
2. Roupas esportivas.
3. Gravatas espalhafatosas, com estampas exóticas (em alguns casos, pode-se usar gravatas com motivos ou marca da empresa, desde que discreta e de bom gosto).
4. Ternos acima ou abaixo de seu número ou em cores chamativas. As cores, como preto, cinza ou azul marinho, por exemplo, devem transmitir seriedade.
Infelizmente, temos de usar essa "máscara social" para sermos aceitos em determinados ambientes e pessoas. Isso sempre existiu e pela minha concepção nunca deixará de existir, pode ser apenas mascarado, mas estará sempre vivo dentro de cada pessoa. Se isso é ou não uma qualidade, não sei ao certo. Acredito que esse sentimento seria uma variação do medo. Exatamente. O medo de uma pessoa que não se conhece, de um ambiente que não se sabe ao certo como agir... Então se faz uma pré-avaliação de alguém pela sua roupa para se tranquilizar ou se precaver, antecipando-se a possíveis atos.
Vale destacar que nada disso é imposto. Da mesma forma que a pessoa se sente na obrigação de se vestir adequadamente, a pessoa do outro lado se sente na obrigação de avaliar. É uma espécie de contrato social não mencionado.
Para ilustrar o que está sendo dito aqui, segue uma parte da entrevista que Geizy Arruda deu a "A Gazeta":
"Deve ter sido inveja"
Como você avalia o que aconteceu?
O que aconteceu na faculdade foi tão absurdo que até agora eu paro e me pergunto se ocorreu mesmo. Ainda mais num país como o Brasil.
Você nunca tinha sido repreendida pelo modo como se veste?
Nunca. Esse é o meu jeito. Sempre tive facilidade de me comunicar, sempre fui pra frente, e bem resolvida, tanto na forma de vestir como de me expressar. E nunca tive problemas em relação a isso.
Usava o mesmo tipo de roupa para trabalhar?
Não. Eu trabalhava num mercadinho, perto de casa, então não precisava ir arrumada. Naquele dia (22 de outubro), como todas as quintas e sextas, eu tinha ido para a faculdade pronta para ir para a balada depois.
Esperava essa reação na faculdade?
Fiquei surpresa. Até porque isso aconteceu no intervalo. As pessoas deviam ter outras coisas para fazer. Andei de ônibus, na rua, e ninguém reagiu mal.
A reação das mulheres também surpreendeu?
Não esperava que elas me tratassem daquela forma. Deve ter sido ciúmes, inveja, porque eu estava chamando mais atenção que elas. As meninas costumavam olhar meio torto, mas eu nem dava bola para ninguém na faculdade, só para o pessoal da minha sala.
Você se sente bem com as cantadas dos homens?
Desde que seja respeitoso, um elogio, eu gosto. Sou vaidosa e elogio nunca é demais. Mas, se é agressivo ou o homem fica encostando, eu já não gosto.
Mudou algum hábito?
Continuo do mesmo jeito. Hoje estou de short e blusa. Só evito usar o vestido, porque ficou muito batido.
Utilização irregular da internet pode gerar demissão por justa causa, diz advogado
Segundo o especialista, entre os casos mais comuns, estão o uso do computador e da internet para assuntos pessoais
Infomoney
Para evitar o uso abusivo dos profissionais, muitas empresas estabelecem normas que disciplinam o uso das ferramentas virtuais, como e-mail e sites, incluindo as redes sociais. Apesar das regras, é comum encontrar profissionais que burlam as normas.
De acordo com o especialista em Direito Trabalhista do escritório Crivelli Advogados, Jefferson Morais dos Santos Junior, a desobediência destas regras pode resultar na demissão por justa causa. Segundo ele, entre os casos mais comuns, estão a utilização irregular do computador e da internet da empresa para resolver assuntos pessoais e o acesso a páginas na internet que são vetadas.
“O uso abusivo da internet para fins particulares, quando colocado à disposição do empregado como um instrumento ou ferramenta de trabalho, é considerado falta grave e causador da quebra de confiança pelo empregador”, explica.
Ele acrescenta ainda que o empregador pode monitorar o acesso a sites do trabalhador, quando ele exerce atividade profissional, mas é vetado o monitoramento ao conteúdo do e-mail pessoal do funcionário.
Justa causa
O advogado acrescenta que a empresa pode demitir o profissional quando desejar, “mas, quando se fala em justa causa, a demissão precisa, necessariamente, de um motivo”. De acordo com o especialista, não há uma progressão de penalidade no caso de justa causa, o que se deve levar em consideração é a gravidade do ato praticado.
“Não é demais frisar que a prova da improbidade em juízo deve ser farta, clara e convincente, a fim de que não se dê margem a dúvidas, pois a acusação de desonesto, feita a um empregado, traz efeitos que extravasam as simples relações empregatícias, para repercutir, eventualmente, na vida familiar e social do acusado. Por vezes, coloca em jogo a própria liberdade do empregado, caso seu comportamento seja examinado no juízo criminal”, explica.
Ele indica ainda que a empresa tenha cuidado na apuração dos fatos e no momento de interpretar. Para o especialista, há grandes perspectivas para que o instituto da justa causa seja utilizado com mais ênfase pelas empresas, as quais “devem observar os seus requisitos para não expandir sua utilização de forma desordenada e distante de critérios legais”, finaliza.
Tabu organizacional: dar e receber feedback
Caio Lauer
Historicamente, o feedback foi mistificado como algo aversivo do qual vale a pena fugir. Esta é uma prática de extrema importância dentro da atividade profissional, pois é vital para o processo de desenvolvimento e treinamento dos colaboradores de uma organização. O intuito desta prática é levantar problemas e isto, de certa forma, distancia a participação dos envolvidos. Muitos não gostam de dar e receber feedback porque pode gerar conflitos na relação profissional, porém ignorar o fato é a pior alternativa.
Um dos maiores problemas das empresas é a falta de comunicação. O feedback é considerado um canal de diálogo, pois, por meio dele, é possível transmitir as expectativas de resultados e atitudes entre líder e subordinado. Um grande número de líderes opta por não dar feedback, preferem o silêncio a passar por uma situação na qual não estão preparados - as corporações ainda investem pouco no preparo para a aplicação do feedback. “O líder, ao se omitir, não está ajudando o subordinado. Ele se mantém em uma zona de conforto, mas não ajuda sua equipe a crescer”, conta Márcia Luz, coach executiva e pessoal.
A ansiedade em receber o feedback é um fator que pode decepcionar o profissional. O momento que nunca chega de um retorno do líder em relação às atividades do dia a dia pode frustrar. Outro ponto importante é a motivação, pois a falta de retorno e reconhecimento das tarefas faz com que a pessoa se sinta isolada e sem importância no grupo. “A expectativa de qualquer um após uma prova é a nota, ou seja, o feedback. É necessário que tenhamos um monitoramento constante do processo de desenvolvimento para sabermos se estamos atingindo o resultado esperado. O feedback constante é essencial para o acompanhamento do crescimento profissional”, opina Bernardo Leite, psicólogo com vasta experiência em administração de empresas. Segundo Bernardo, não trabalhamos apenas por salário, mas também por reconhecimento. “A falta de feedback causa uma desmotivação prejudicial à evolução profissional”, atesta.
Um feedback bem aplicado transforma comportamentos e posturas, e faz com que o profissional enxergue todas suas competências e capacidades. Na medida em que a companhia estabelece uma política de reorientação para o profissional, as pessoas se posicionam de maneira muito mais objetiva a fim de obter os resultados exigidos pela organização. O alinhamento dos objetivos é fundamental para a aplicação de um feedback qualitativo. Confira algumas dicas:
-foque no comportamento e não na pessoa;
-seja o mais específico possível, procurando citar exemplos;
-procure saber se o momento emocional é realmente adequado;
-fale de aspectos que podem ser modificados;
-não dê recados, fale sempre em seu próprio nome;
-assegure-se se a pessoa está entendendo perfeitamente a mensagem;
-use o caminho da verdade e da motivação.
Desenvolvimento do feedback
Nenhum profissional nasce sabendo e é totalmente possível desenvolver a habilidade para dar o feedback. O líder precisa aprimorar suas habilidades de comunicação, como ouvir mais os subordinados e se expressar de forma clara e objetiva. Para a aplicação de um feedback de qualidade é necessário estar bem sintonizado com o processo das ações diárias a fim de fazer o melhor acompanhamento possível. De acordo com Bernardo Leite, o líder deve orientar sua equipe para o melhor caminho para os resultados, e para tal, precisa ter total noção do que a empresa espera dele como profissional e do objetivo do negócio.
“Um feedback bem dado pode modificar o destino profissional de alguém porque, de repente, a pessoa se dá conta de habilidades e competências que não sabia. Ele também fortalece a autoestima e, com isso, os resultados aparecem”, afirma Márcia Luz. Para ela, receber o reconhecimento e a gratidão de uma chefia fica na memória e no coração das pessoas por muitos anos
Publicado 10/06/11
Olá, galera do bem! Todos na santa paz?
Um dado alarmante: o estresse atinge hoje 100% dos brasileiros. Um estudo da empresa Robert Half aponta que 60% dos profissionais acreditam que o ambiente de trabalho e a fofoca entre colegas são os principais fatores que geram o problema. Esta última causa, a fofoca, foi assunto de nossas dicas da semana passada. O estresse é um dos motivos da depressão e de outros problemas de grande dimensão. Sobre esse assunto sugiro a leitura do primeiro artigo Estresse no trabalho atinge 100% dos brasileiros. Quer saber como evitá-lo?
Complementando o assunto, o segundo artigo, Sufocar sentimentos pode prejudicar carreira, dizem especialistas, aborda os malefícios de o homem não saber lidar com seus sentimentos. Confiram!
E o último artigo, como uma forma de minorar o impacto negativo que os títulos dos artigos anteriores pode causar, fala de Felicidade no trabalho. Será que ela existe? Caio Lauer, seu autor, acredita que sim.
Desejo a todos feliz dia dos namorados. Deveria ser todo dia... eu acredito firmemente. Para os que não têm namorado fica a sugestão de namorar a vida com paixão, ou namorar um sonho, um projeto até que o(a) sonhado(a) príncipe/princesa surja em nossas vidas. O que acham da idéia?
Estresse no trabalho atinge 100% dos brasileiros. Quer saber como evitá-lo?
O estudo da Robert Half aponta que 60% dos profissionais acreditam que o ambiente de trabalho e a fofoca entre colegas são os principais fatores que geram o problema
Saiba mais
- Estresse, obesidade e depressão: rotina desgastante e ociosidade comprometem saúde de profissionais
- Carreiras: como fazer para vencer o aumento do nível de estresse?
- Sobrecarga de trabalho é o principal motivo de estresse entre as mulheres
Não é de hoje que o estresse é apontado como um dos grandes males do nosso século. Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo e cada vez mais rápido, de fato, é difícil acompanhar tudo. Ainda assim, quando se trata de trabalho, as exigências só crescem. E, para fechar esse círculo que envolve pressão, exigências cada vez maiores, mercado competitivo e velocidade está o estresse.
É fácil encontrar um profissional que, por algum momento, afirmou que sentiu estresse. No Brasil, segundo pesquisa realizada pela Robert Half, todos os profissionais consultados disseram que estão estressados no trabalho. O estudo ouviu 2.525 executivos em dez países e apontou que 80% dos participantes de países como Áustria, República Checa e Dubai possuem estresse.
“Quando a pessoa vivencia uma situação de estresse, ela tende a achar que é pressionada o tempo todo. Sente-se sempre cobrada, de tal forma que, na maioria das vezes, nem consegue diferenciar o que é estresse e o que é cobrança”, explica o presidente da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), Alberto Ogata.
O estresse é considerado por muitos, como Ogata, uma doença, com prejuízos para além do ambiente corporativo. “O estresse gera um aumento na adrenalina, prejudica a concentração, piora o desempenho e causa problemas de saúde”, afirma o presidente executivo do Insadi (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual), Dieter Kelber.
Apesar de um ambiente de trabalho no qual se exige cada vez mais profissionais multitarefa, não é apenas isso que gera o estresse. Os especialistas concordam que existem profissionais que se dão muito bem com esse ambiente. Outros não. “São inúmeras as fontes de estresse e estas passam por diferentes ordens, que podem ir desde fatores relacionados à organização e processos do trabalho, até os fatores ambientais e relacionais”, explica Ogata. “A doença é multifatorial e não existe uma causa única. Temos de ver o indivíduo dentro de um contexto mais amplo”.
O cenário favorável
O contexto do profissional é que influenciará o surgimento do estresse. A consultora da Search RH Consultoria em Recursos Humanos, Fabiana Goes, explica que alguns comportamentos do próprio profissional podem favorecer a doença. “Trabalhar muitas horas por dia e passar muito tempo longe da família faz com que o profissional tenda a ter mais estresse”, afirma a consultora.
O estudo da Robert Half aponta que 60% dos profissionais acreditam que o ambiente de trabalho e a fofoca entre colegas são os principais fatores que geram o estresse. Para as mulheres, esses fatores têm um peso maior, de 66% contra 49% dos homens. O aumento da carga de trabalho é o segundo fator que gera estresse para 47% dos brasileiros. Pressões do chefe consideradas desnecessárias foram indicadas por 44% dos profissionais como fator gerador de estresse.
Fabiana ainda aponta outros motivos como a incompatibilidade dos valores do profissional com os da empresa. “Por isso, é importante conhecer o lugar onde você vai trabalhar e entender um pouco da cultura organizacional”, afirma a consultora. Kelber completa a lista de fatores com possíveis desentendimentos com a liderança. E ressalta que o excesso de ansiedade também provoca a doença.
Esses comportamentos, explica Ogata, devem ser evitados, a fim de não criar um cenário favorável para a doença. “É importante que as pessoas consigam se afastar da tensão que o problema traz e foquem as energias na direção das alternativas de solução. Assim, elas passam a ter uma atitude mais positiva e resolutiva diante da dificuldade”, explica.
Um olhar sobre os problemas
Entender se o que está sentindo é estresse ou puro cansaço não é tão simples. Tanto é que a analista de research Fernanda Oliveira, 27, não entende por que há algumas semanas seu médico diagnosticou um estado de estresse. “Não entendo o motivo, porque não trabalho além do meu horário, nem sob muita pressão, gosto do que faço e ganho relativamente bem”, conta.
Ela conta que seu sono é um pouco agitado e que tem dores de cabeça crônicas há três anos. Por enquanto, Fernanda se concentrará nos esportes para tentar resolver um problema que ela não enxerga. “Terapia eu não procuro, porque não sou muito fã. Vou procurar um esporte mesmo”, diz.
Fernanda pode não enxergar o problema, mas ele pode existir, ainda que de maneira mais contida. Ogata explica que dores de cabeça constantes e distúrbios do sono são alguns dos sintomas da doença. Outros são alteração de humor, irritabilidade, depressão, alergias, tonturas, náuseas e mal estar. No extremo, o estresse pode provocar doenças no aparelho digestivo e até disfunções sexuais.
Busque alternativas
Kelber ressalta que, muitas vezes, o profissional não enxerga mesmo que está com estresse. “Você quer saber se está com estresse? Pergunte a um amigo”, diz o especialista. Ao contrário do que muitos acreditam, livrar-se do estresse é mais simples do que se pensa. “As pessoas geralmente acham que precisam fazer grandes mudanças em suas rotinas, para ter mais qualidade de vida”, explica Ogata.
Para manter esse equilíbrio, o presidente da ABQV dá dicas que podem ajudar no trabalho e na vida pessoal:
- Busque entender de forma clara as expectativas dos seus superiores. Para isso, desenvolva a assertividade e capacidade de comunicação;
- Equilibre o seu estilo de vida. Você precisa de tempo para manter seus relacionamentos, ter um sono repousante, praticar atividade física e ter tempo para o lazer;
- Mantenha o otimismo. Avalie seu estado de espírito e procure ver as coisas sob uma perspectiva positiva;
- Desenvolva mais as habilidades de delegar tarefas aos subordinados, priorizar e focar naquilo que realmente importa;
- Aprimore o seu planejamento diário. Evite desperdício de tempo com reuniões inúteis e improdutivas;
- Cuide-se bem. Busque o equilíbrio entre mente, corpo e espírito. Uma alimentação saudável é fundamental.
- Liste os fatores de estresse em sua vida, reconheça-os e mantenha-os no nível consciente.
- Procure desacelerar o pensamento negativo.
- Mantenha o equilíbrio emocional.
Sufocar sentimentos pode prejudicar carreira, dizem especialistas
O caminho para evitar prejuízos é tentar estimular sentimentos que ajudam no trabalho e equilibrar os mais danosos
Separar o pessoal do profissional nem sempre é fácil. Muitas vezes, o que dificulta essa transição é a questão emotiva. Deixar determinadas emoções em casa para ir ao trabalho é a solução que muitos profissionais encontram no sentido de melhorar a performance, pois muitos sentimentos acabam prejudicando os resultados.
Contudo, encontrar alguém que conseguiu de fato sufocar o que sente e chegar ao trabalho como se fosse outra pessoa é tão mais difícil quanto distinguir emoções. “Os sentimentos estão dentro da gente. Sentimos o tempo todo. Não dá para dizer que somos uma pessoa no trabalho e outra em casa”, afirma o gerente de Projetos em Desenvolvimento de Pessoas do Idort-SP, Danilo Afonso.
Sufocar emoções pode ser tão danoso para o trabalho quanto se pensa, como explica a psicóloga Clarice Barbosa. “Uma pessoa que sufoca o que sente tende a ter dificuldades de comunicação, de impor limites e tende a ficar sempre ressentida e se torna uma pessoa mais passiva”. Além desses danos, o fato de tentar ser uma pessoa em casa e outra no trabalho em termos emotivos pode evitar que o profissional se atente a pontos importantes sobre si mesmo. “As emoções são pistas para nos conhecermos”.
Embora seja difícil sufocar o que sentimos, estar atento às emoções de maneira a buscar um equilíbrio é ponto importante para não prejudicar a carreira. E para isso, é possível estimular sentimentos que ajudam no trabalho e equilibrar aqueles que podem prejudicá-lo. “Não podemos negligenciar o que sentimos”, reforça Danilo Afonso.
Barreiras emocionais e emoções estimulantes
Às emoções que podem prejudicar os resultados Clarice chama de barreiras emocionais. “Esses bloqueios emocionais impedem o crescimento, fazem com que o profissional tenha a tendência de colocar a culpa de seus fracassos no chefe ou na empresa”.
Sentimentos como raiva, ódio, inveja, tristeza e ansiedade são os que podem mais prejudicar a carreira – o que não significa que eles devem ser sufocados. “Até emoções que podem ser vistas como negativas podem ajudar de alguma forma. A raiva, por exemplo, se bem canalizada, pode nos estimular a agir”, explica a psicóloga.
No caso da tristeza e da ansiedade, elas são danosas quando excessivas. Nesses casos, é preciso um equilíbrio emocional bem apurado, para que esses sentimentos não prejudiquem o trabalho. Já o ódio e a inveja, para a psicóloga, podem ser considerados os sentimentos que mais barram o desenvolvimento da pessoa tanto na vida profissional como na pessoal.
“O ódio estimula a vingança e a inveja faz com que a pessoa esteja sempre planejando uma maneira de boicotar aquele colega que se destaca. Os dois sentimentos fazem a pessoa perder tempo pensando no outro e não nela”, explica Clarice.
No sentido contrário, emoções como amor, compaixão, felicidade e generosidade podem estimular o profissional. Primeiro porque, de maneira geral, elas despertam mais cuidado na execução das tarefas. Depois, porque deixam as pessoas mais suscetíveis para trabalhar em grupo. “Elas se atentam mais ao outro”, afirma Clarice.
Rumo ao equilíbrio
Se sufocar sentimentos pode não ser a melhor saída, como buscar o equilíbrio emocional a ponto de tornar a vida no trabalho mais produtiva? “No ambiente de trabalho, vamos sentir tudo. A questão não é o que você sente, mas o quanto você vai alimentar esses sentimentos”, afirma Danilo Afonso, do Idort-SP. “É preciso buscar a coesão em meio à divisão”.
Para tanto, o profissional precisa investir no autoconhecimento, pois sentimentos que dominam a ação podem levar a uma visível perda de produtividade. “Você acaba gastando muita energia pensando no problema”, considera o especialista.
Nesse autoconhecimento, o profissional precisa fazer perguntas como: você gosta do que faz? Você tem paixão pelo que faz? “O autoconhecimento ajuda a nos direcionar e a descobrir o que é a sua paixão. Quando você tem prazer pelo que faz, o trabalho lhe envolve de tal maneira, que você não pensa nos problemas”.
Felicidade no trabalho
Nunca foi tão importante ser feliz na profissão. A satisfação em exercer as atividades do dia a dia impulsiona a motivação de crescimento na carreira e a produtividade. Além das competências técnicas, um fator bastante relevante nas empresas é encontrar profissionais que se enquadrem nos valores, cultura e expectativas organizacionais.
Passamos a maior parte de nossos dias no trabalho e neste período, caso não haja o prazer em desenvolver as atividades, por consequência, não seremos integralmente satisfeitos com nós mesmos. A única maneira de conseguir ter uma vida mais agradável é fazer com que o ofício seja sinônimo de prazer. “Colaboradores infelizes produzem 40% menos, e seu trabalho rende apenas o equivalente há dois dias úteis da semana. Isso, durante um mês, significa apenas oito dias de produção. E para uma empresa, isso resulta em bastante perda de produção e lucratividade”, explica José Roberto Marques, coach e presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC).
Houve um tempo em que se acreditava muito na máxima de que o funcionário deveria vestir a camisa da empresa e que os problemas pessoais deveriam ficar do lado de fora da organização. Mas, a partir do momento em que as companhias lidam com indivíduos, devem considerar que seus profissionais não conseguem separar o lado profissional do sentimental. Hoje, o mundo corporativo está aprendendo a lidar com este cenário e começa a ver que o bem-estar das pessoas, tanto na vida pessoal, como dentro da empresa, reflete em produtividade e retenção de talentos. “A retenção de talentos é assunto de preocupação de qualquer organização nos dias de hoje. Conseguir permanecer com o quadro de funcionários intacto envolve custos e com um ambiente onde as pessoas se sintam felizes, os gastos com esta retenção será muito menor”, conta Caroline Calaça, coach formada pela Sociedade Brasileira de Coaching.
A contratação de profissionais que se alinham à cultura e valores da organização é uma realidade. Quando um líder, por exemplo, é contratado, e tem estes princípios alinhados aos da corporação, isso gera uma cadeia de entrada de profissionais com as atitudes cada vez mais compatíveis com o que a empresa espera. É muito difícil encontrar felicidade no trabalho se a cultural organizacional não é bem aceita. Contratar pessoas apenas por competências já não basta. É preciso avaliar as atitudes, comportamentos e conduta de vida destes profissionais. “Uma equipe sem um líder que efetivamente saiba explorar suas qualidades individuais e coletivas como inteligência, criatividade, capacidade de realização, entre outros potenciais, está fadada a ter resultados simplórios e insignificantes”, opina Marques. De acordo com ele, se a liderança se compromete não apenas com os lucros, mas entende em primeiro plano, que o bem-estar dos colaboradores é o que define o sucesso, a empresa poderá alcançar excelentes resultados, por meio é claro, de funcionários satisfeitos
Jovens profissionais
Hoje, temos a entrada da geração Y no mercado e este público tem uma concepção de trabalho diferente. Estes profissionais não conseguem desenvolver suas atividades perfeitamente sem se sentirem satisfeitos e felizes. As empresas, para absorverem esta nova geração, precisaram se adequar a estas expectativas, e entenderam que a questão da felicidade é essencial. “No coach, falamos em três pontos: o pensar, o sentir e o agir. Se a pessoa pensa que seu trabalho é algo que gosta e que dá satisfação, acaba se sentindo bem em estar naquele local. Logo, as atitudes serão refletidas em prazer nas ações. É uma sequência de fatos”, revela Caroline.
O presidente do IBC completa e diz que a felicidade está em um bom relacionamento do chefe com os colaboradores, “que inclui estar atento ao desenvolvimento da equipe, certificando-se de que independente das discussões salariais, pelo menos uma vez por ano, o gestor tenha uma conversa com cada um de seus funcionários para observar quais são suas aspirações, o que aprenderam nos últimos dozes meses, quais são seus objetivos dentro da corporação e de que forma a empresa poderá ajudá-lo no desenvolvimento de suas potencialidades e metas”.
Postado em 03/06/11
Hoje vamos trocar ideias sobre pessoas fofoqueiras e falsas, líderes com comportamentos os mais diversos e ainda sobre emoções, aquelas que prejudicam nossas decisões. São todos assuntos que permeiam os ambientes de trabalho em maior ou menor intensidade.
Sobre pessoas fofoqueiras e falsas, no artigo Como saber se seu colega de trabalho é falso?, o autor faz uma análise sobre como elas tumultuam o ambiente profissional, gerando desentendimentos e ainda traz dicas de especialista para não entrar no clima gerado por esse tipo de profissional.
E trabalhar com seu chefe é um paraíso ou um verdadeiro inferno? Se for o segundo caso, o artigo Trabalhar com meu chefe é um pesadelo lista os variados tipos de chefes que mais infernizam seus subordinados do que se comportam como os verdadeiros líderes devem se comportar. Confiram.
Por fim, o último artigo reflete sobre como lidar com nossas emoções. Trata-se, na realidade, da inteligência emocional. Com o título Decisões tomadas com base em critérios emotivos: quando se ganha e quando se perde? analisa o quando o ambiente organizacional interfere em nossas decisões.
Como saber se seu colega de trabalho é falso?
Por: Luciano Dias
Nada pior no ambiente de trabalho do que lidar com aquele colega que só faz intrigas e fofocas.
“Na área que trabalho de vendas sempre tem alguém querendo te passar para trás. Uma vez o cliente chegou me procurando e ele falou que eu não estava na loja para justamente fazer a venda no meu lugar”, fala Paulo Leandro, vendedor.
“Sempre tem aquele que quer passar a perna, não é leal”, comenta Michele Araújo, vendedora.
“Vim de Porto Alegre para cá e ele se sentiu ameaçado e ele disse ‘aqui é horrível, o homem tem várias mulheres aqui no Ceará, tu não vai gostar. Não é fácil ser bonita, o pessoal não é legal, de confiança’. Fez de tudo para eu ir embora”, diz Daniela Gomes, gerente de vendas.
A impressão que dá é que eles estão por todos os lados.
“Não tem como fugir. Os falsos estão impregnados em todas as empresas. Normalmente são pessoas que você menos espera... E te dão problema”, diz Bia Monteiro, consultora de carreiras.
Pela experiência da consultora de carreiras, de cada 100 funcionários, 30 tendem a fazer fofocas e intrigas. E os fatores que levam a isso são: inveja, autoestima baixa e intolerância à frustração.
Sinal amarelo. Em algumas situações, fique bem atento. Porque você pode estar ao lado de um colega de trabalho falso. Preste atenção! Se essa pessoa fala mal de todo mundo, pode também estar por aí falando mal de você. Tem aquela também que dá palpite em tudo. E o colega muito prestativo, em excesso. Avalie bem a intenção dele.
Bom, você percebeu que é possível traçar um perfil de uma pessoa falsa.
Um levantamento mostrou que ela é inteligente, amigável demais, simpática em excesso e bastante solícita.
Mas atenção principalmente nas atitudes negativas. Ela pode ser dissimulada, hipócrita, egoísta, irônica, falar muita mentira e ter atitudes de vingança.
Por isso, para não cair na armadilha de um colega de trabalho falso confira as dicas que uma psicóloga de Campinas preparou.
Com o mercado cada vez mais competitivo, algumas pessoas podem usar a falsidade para conquistar a confiança do chefe ou mesmo ganhar uma promoção.
“Essa pessoa por esse traço de caráter, ela pode ter ganhado a chefia, a chefia pode não ter percebido essas questões. A maior dica seria buscar neutralizar essa influência, buscar um certo distanciamento, não trazê-la para os seus ambientes mais íntimos. Enfim, não fazer dessa pessoa um amigo, um colega. E estar sempre alerta para algumas questões que ela pode estar levantando a seu respeito”, explica a psicóloga Rita Khater.
Nunca demonstre irritabilidade. “Ao demonstrar você se coloca na situação de embate e isso não é saudável em qualquer ambiente de trabalho, em qualquer situação de trabalho”, completa a psicóloga.
“Relaxe um pouco. Existe o falso, o mal resolvido, o encrenqueiro. Eu que tenho que ter habilidade para saber lidar com essas pessoas. Porque eles são os obstáculos que você vai ter que provar que tem competência para passar por cima para chegar ate uma diretoria, para chegar a uma gerência”, fala Bia Monteiro.
“Eu acho que o ideal é ser verdadeira, fazer o melhor, fazer o correto e agir com humildade”, finaliza Daniela Gomes.
Trabalhar com meu chefe é um pesadelo
Em algum ponto da nossa carreira esbarramos com más lideranças, que desmotivam colaboradores e afetam de forma significativa a produtividade e o desempenho de toda a equipe
Diversos motivos podem levar a um mau relacionamento entre profissionais no ambiente de trabalho. Fofoca, pressão dos superiores, maus resultados, duelo de egos e até há situações que desconhecemos o motivo inicial desses indesejáveis conflitos. Mas tudo se torna pior quando o relacionamento ruim é logo com o chefe. Alguns, inclusive, parecem ter a habilidade de dificultar o trabalho e tornam o ambiente num verdadeiro inferno. Ocorre que, dentro de locais de trabalho assim, nada inspira mais comentários que o próprio chefe, e não há como escapar da convivência com ele.
A atendente comercial Érika Morais sabe bem o que é isso. Ela passou por essa situação na última empresa em que trabalhou. "Essa chefe, inclusive, vivia nos ameaçando de demissão. Teve um momento que chegou a nos dizer que ia ser como um pitbull em cima da gente. Fazia meu trabalho do mesmo jeito, mas frustrada pela falta de reconhecimento", conta.
Já o administrador de empresas Victor Lins não teve apenas uma experiência desagradável, mas sim duas nas últimas empresas por onde passou. "Um deles era o 'explorador'. Ele me passava os serviços de responsabilidade dele como se fosse minha obrigação. Uma vez até quis que eu assinasse um documento que nem sabia do que se tratava. Tive que relatar para o superior dele e, então, deixou de me pedir coisas que não tinham a ver com meu serviço. Já o outro era o estilo 'ignorante'. Era comum gritar com todo mundo e fazer com que os próprios funcionários tivessem medo dele. Várias colegas de trabalho choravam no banheiro por causa de sua ignorância", aponta Victor.
Ambiente "hostil"
Muitas vezes, os funcionários odeiam a gerência porque acham que não são tratados com respeito e se sentem impotentes para tomar atitudes. Embora poucos colaboradores se exponham e digam ao RH e chefes que estão infelizes, a maioria prefere fazer de propósito o mínimo de trabalho possível ou deixam de dar boas sugestões. O resultado: a produtividade e o empenho do funcionário caem, a satisfação do cliente diminui e o lucro da empresa é quase sempre reduzido.
Especialistas recomendam nesses casos de clima tenso, em que existam grupos divididos e pessoas que não se falam direito, que procurem construir um ambiente mais leve. "Respeito deve ser o ponto-chave em qualquer situação. Se há no ambiente de trabalho uma falta de respeito mútua é preciso fazer um amplo trabalho para revisar desde a missão, a visão e os valores da empresa. Ao perceber que, em alguma área ou departamento, a situação chegou a este cenário, os sócios ou principais diretores da empresa precisam tomar a decisão de querer mudar. E, para isto, será necessário investir em treinamento para disseminar estes conceitos dentro da companhia", relata a especialista Sueli Brusco. Para a consultora, "é preciso despertar o orgulho do colaborador em trabalhar na empresa. Se as pessoas possuem orgulho de trabalhar na companhia, situações de desrespeito não acontecem".
"Rádio Peão"
Sempre há aqueles que falam bem pela frente e mal pelas costas da pessoa. Beto Ribeiro, que já liderou equipes em grandes empresas e autor do livro "Eu odeio meu chefe", indica que o grande problema das fofocas está nas pessoas confundirem o lado pessoal com o profissional. "A fofoca cria intrigas e picuinhas que podem se transformar em uma bola de neve de problemas. Evite começar algum tipo de comentário e seja transparente em seu relacionamento com os colegas de trabalho."
De acordo com o consultor, nessas horas é melhor estar no time daqueles que apenas ouvem. "É bobagem achar que não vamos encontrar fofocas na empresa, ou seja, a conhecida 'rádio peão'. Elas existem e não há como evitar. Em meio a fofocas é melhor ser ouvinte do que a fonte."
O amigo feedback
A falta de comunicação entre "comandantes" e "comandados" também eleva o índice de problemas dentro das empresas. A consultora Sueli indica que feedbacks constantes e treinamentos são peças-chaves neste processo. "A partir deste contato próximo é possível identificar os motivos das intrigas e disseminar a cultura da empresa. Campanhas motivacionais e que tornam a competição divertida pode também ajudar neste processo", relata Sueli Brusco.
Já Beto Ribeiro destaca que o incomodado com a situação deve procurar saber o que está acontecendo para situações de mal estar. "Melhor do que chorar pelos corredores é ir de encontro ao problema." Mas o consultor faz um alerta. "Se o problema for com o chefe, é melhor que seja resolvido em portas fechadas. Caso não seja solucionado ou ele não der abertura para tal, procure o RH."
Porém, alguns têm o hábito de não ouvir o que o outro fala, seja propositalmente ou por falta de atenção. "Por isso, tão importante quanto falar é aprender a ouvir. Ouça com atenção, sem julgamento e preconceitos, para que assim as arestas sejam aparadas e o conflito eliminado", conclui o consultor Beto.
O ambiente de trabalho é o lugar onde os profissionais passam grande parte do seu dia, por isso, a convivência com pessoas de diferentes personalidades pode resultar em um clima prazeroso e de aprendizado ou, num lugar extremamente desagradável. Então, como você prefere deixar o ambiente na empresa em que atua?
Conheça os dez piores tipos de chefe nas empresas e veja como aturá-los (ou não)
Chefe GRITO
Gritar é o seu lema. Grita de dia, grita de noite. Adora brigar no telefone, gritar com a recepcionista e até com o presidente. O "bom-dia" já é em alto e bom tom – isso quando o sujeito quer ser fino. Grita porque não encontra a carteira; grita porque não acha a pasta da reunião; grita porque o Corinthians perdeu – e o tonto, claro, é palmeirense.
O chefe Grito adora brigar no telefone
O que fazer? Com esse tipo, a única opção é dar um grito ainda maior. Se ele baixar a guarda – geralmente esses bobos têm a autoestima muito baixa –, você ganhou e vai conseguir, sim, suas férias e até o aumento que você queria. Se a figura não for lá muito de ter medo, pronto, você perdeu o emprego. Mas, pelo menos, gritou também.
Chefe QUEM, EU?
Um "sabonetão", este chefe faz de tudo para não ter que resolver nada. Ele não só foge do conflito como faz de conta que o problema não é dele. Quem paga é a sua equipe, que, para não passar por incompetente, acaba tendo que fazer de conta que seu chefe não é tão inútil assim.
O que fazer? Na frente de todo mundo, o questione em alto e bom tom. Coloque-o frente a frente com o problema e exija uma solução. Peça respostas, pressione. Ele vai dizer que precisa comprar um cigarro e nunca mais vai voltar. E nem fumante o tonto é.
Chefe NÃO
Não importa a pergunta ou a necessidade, é não e acabou. O Chefe Não gosta de intimidar tudo e todos com sua negativa sonora. O seu "não" parece tão definitivo que seus subordinados nunca mais perguntarão nada e farão seu trabalho quietinhos. Nada como intimidar alguém a ponto do coitado não ter coragem para questionar mais nada – é o lema deste querido chefe.
O que fazer? Tente perguntar: "Por que não?" e veja-o escorregar facilmente na sua própria armadilha. E, se ele responder "Porque não", pergunte novamente: "Por que não?". É bem provável que sua pergunta ganhe um "sim" como resposta só para ele se livrar de você. Este é o famoso "cachorro-que-late-mas-não-morde".
Chefe SEI-QUE-SOU-BOM-DEMAIS
Não é que este tipo leva mesmo a sério o que o RH falou para ele? Foi mais ou menos assim: "O principal ativo da empresa são nossos colaboradores, nossos talentos: você". Este chefe se acha tão bom, mas tão bom, que a pergunta que ele vai te fazer é: "Como você consegue viver sem mim?"
O que fazer? Aproveite. Com o Chefe SEI-QUE-SOU-BOM-DEMAIS é só lustrar o ego da vítima e você conseguirá tudo o que merece. Até mesmo, um dia, ser chefe dele. Dica: fale três vezes ao dia para este chefe em questão o quanto você o acha incrível! Elogie os sapatos, se for mulher, o terno, se for homem. Esses narcisos são idiotas o suficiente pra acreditar em qualquer tipo de elogio.
Chefe Indicação
Está lá na mesa de chefe só porque tem boas conexões. Geralmente é amigo do dono ou do filho do dono. Pouco sabe sobre o trabalho ou a empresa, e geralmente atrapalha bastante a equipe com ideias inovadoras, mas pouco funcionais. Como tem costas quentes, não se preocupa em falar ou fazer besteira.
O que fazer? Ajude-o a fazer aquelas planilhas de Excel que ninguém sabe para que servem, assim você ganha a simpatia dele.
Chefe Reunião
Este chefe pede uma reunião pra tudo. Para aprovar um projeto: "Vamos fazer uma reuniãozinha?" Para definir se o estagiário senta do lado direito ou do lado esquerdo da mesa: "Vamos pra sala de reunião?" Para dar ok nas suas férias: "Vamos nos reunir?" E pior: reúne toda a equipe por horas e não diz nada.
O que fazer? Tenha sempre uma pauta pesada para essas reuniões. O Chefe REUNIÃO faz reunião para não ter que resolver nada. Se a reunião se tornar trabalho, ele vai pensar duas vezes antes de pedir outra.
Chefe TROPA DE ELITE
Este é um dos piores chefes. Se não for o seu, agradeça a todos os deuses do universo corporativo. O Chefe TROPA DE ELITE é daqueles que gosta de colocar a equipe sob pressão máxima. Nunca está satisfeito e adora mostrar que ele, o chefe, tem uma solução melhor para tudo. Diminuir a autoestima da equipe é uma tática para transformar pessoas em zumbis workaholics. Ai daquele que chegar para trabalhar sem ter checado seus e-mails às duas da manhã.
O que fazer? Não tem outro jeito... Peça demissão. Este tipo de chefe não vai mudar e ainda tem todo o apoio da diretoria. Aliás, o sonho do board é que toda empresa fosse feita de Capitães Nascimento.
Chefe PINÓQUIO
Nossa, como este chefe mente! E mente bem. O danado sabe mentir melhor que qualquer bom ator, e, com suas mentiras, sempre coloca sua equipe em risco. O Chefe PINÓQUIO não sente qualquer constrangimento em dizer que mandou a apresentação e ainda coloca a culpa na internet. Mente que já terminou todo o orçamento e que já o salvou na rede. "Você que não viu", ele vai dizer. E, pior, você vai acreditar.
O Chefe PINÓQUIO não sente qualquer constrangimento em dizer que mandou a apresentação e ainda coloca a culpa na internet
O que fazer? Quando ele disser: "Mas eu mandei para você!", diga que você não sabe o que está acontecendo e peça para ver o e-mail na caixa de itens enviados. "Acho que meu e-mail está com algum problema", responda com cara de idiota. Aprenda a mentir melhor que ele e deixe-o em situações bem saia justa.
Chefe 171
"Enrolador e enrolão", este cara adora não fazer nada, esperar a equipe resolver o problema e posar de pavão. O Chefe 171 sempre acaba se dando bem. São sem-vergonhas, sem caráter e sem ética nenhuma. Mas conseguem a simpatia de todos e de todas, inclusive de quem é usado e abusado por ele da sua área.
O que fazer? Faça a máscara do sujeito cair no meio de uma reunião geral com todas as áreas. Mas atenção: o 171 é inteligente e muito escorregadio. É capaz de ele conseguir reverter a situação e você passar por bobo ou incompetente.
Chefe DUAS CARAS
O Chefe DUAS CARAS é sempre uma surpresa. Ele pode chegar simpático, gente boa e até divertido. O dia vai passar que é uma beleza, vai ser ótimo trabalhar com ele. Mas... no dia seguinte, ele pode estar no pior estado em que um ser humano poderia estar. Na pior das hipóteses, ele não vai ser lá muito legal: ele vai fazer de tudo para que o seu dia seja péssimo. Prepare-se... Todos aqueles projetos que não andam, hoje, terão que andar. Ah, vão andar... Com ou sem você.
O que fazer? Uma coisa deve ser dita: o Chefe DUAS CARAS, geralmente, é brilhante. Tem, de fato, uma inteligência acima da média. Então, aproveite quando ele estiver de bom humor e aprenda tudo o que conseguir. E deixe o seu trabalho impecável para quando o lado negro dele aparecer.
*Esses chefes e outros estão no livro "Eu odeio meu chefe", de Beto Ribeiro.
Decisões tomadas com base em critérios emotivos: quando se ganha e quando se perde?
A cultura e a política da empresa onde o profissional atua são determinantes nessas situações
No mercado de trabalho, dependendo do cargo que se ocupa, cada decisão tem um determinado peso. E grande parte delas gera alguma consequência, em maior ou menor grau, para as empresas ou para a própria carreira do profissional. No meio do caminho, a escolha feita pode ajudar ou prejudicar a trajetória profissional. E isso é natural, tendo em vista que em cada decisão existe um fator que pode ser um complicador ou um facilitador de todo esse processo: as emoções.
"As emoções nos acompanham o tempo todo e são importantes, pois nos fornecem pistas de como estamos e quem somos", afirma a psicóloga Clarice Barbosa. Ela explica que hoje existe uma linha tênue entre o âmbito profissional e o emocional. Em muitos casos, essa linha sequer existe – o que contribui para a existência de profissionais extremamente emotivos, que fazem suas escolhas de carreira baseadas apenas em questões emocionais.
A extinção da separação vida pessoal e profissional tem uma explicação bem racional. O mercado está mais competitivo, as informações chegam a todo o momento e de maneira desenfreada e a qualificação para se dar bem na carreira tem de ser constante. Tudo isso, contando com o aumento do volume de trabalho, é o que explica a demanda por profissionais "multitarefa". O problema é que o dia continuou tendo 24 horas. "É muita informação em pouco tempo e não conseguimos ter tempo para pensar e aprofundar nada. Nossa mente tem um tempo interno. E não estamos respeitando esse tempo", explica a psicóloga.
Não é à toa a velha afirmação de que só é possível ter qualidade de vida quando se separa, ao menos, a vida profissional da pessoal. Para muitos profissionais, no entanto, essas duas esferas se tornaram uma só. As emoções, a partir daí, afloram mais. E vai ficando cada vez mais difícil saber quando a decisão a ser adotada foi baseada mais em critérios racionais que emocionais.
O racional x o emocional
"Profissionais mais emotivos aprenderam desde cedo a lidar com situações externas utilizando as emoções", explica Clarice. "Com isso, eles acreditam que conseguirão tudo o que querem", afirma a psicóloga que conta conhecer casos de pessoas que choravam a cada crítica que recebiam do líder ou de colegas. Elas agem assim, explica Clarice, porque, de maneira geral, os emotivos estendem para o âmbito profissional emoções típicas da vida pessoal.
Casos, por exemplo, de profissionais que recusam novas oportunidades por não quererem romper o vínculo que criaram com os atuais colegas de trabalho são comuns. "Nesse caso, a decisão se relaciona com a carência afetiva desse profissional", explica a psicóloga. Profissionais mais racionais não perderiam novos desafios por amizades dentro da empresa. "Eles estão pensando no progresso profissional", afirma.
"Com certeza, toda ação e decisão feita e adotada por impulso é complicada", afirma a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital Cristina Reininger. A especialista explica que profissionais que adotam critérios apenas emotivos para a tomada de decisão podem se prejudicar no mercado. "Eles podem ser vistos como imaturos", considera.
Um profissional que tem um comportamento mais emotivo, na avaliação de Cristina, é mais inseguro. Ela enfatiza, porém, que esse comportamento pode ser mais ou menos constante em determinadas profissões. A cultura e a política da empresa onde esse profissional atua também são determinantes na acentuação dessa característica. "Sempre tem uma influência do momento pelo qual esse profissional passa", avalia Cristina.
Consequências
Uma das consequências de se agir baseado nas emoções é justamente a estagnação da carreira, ou porque o profissional não percebe que isso está acontecendo ou pelo fato de ele cometer erros constantes. "Profissionais racionais pensam muito e agem menos. Os emotivos agem mais e, por isso, também erram mais", explica Clarice.
Outra consequência é o estresse. Um profissional mais racional nega o que sente e o emotivo é mais aberto a isso. "Com isso, o estresse pode ser maior no emotivo e pode até mascarar uma depressão", avalia a psicóloga. Tudo isso não significa dizer que ser racional é melhor quando se trata de desenvolvimento da carreira. Um líder que é muito racional, por exemplo, pode deixar de lado o bem-estar dos seus colaboradores, e pode acabar não tendo sucesso devido a isso.
Se não podemos contra elas...
Não importa se você está no trabalho ou em casa, brigando com seu líder ou com seu namorado, as emoções estarão presentes, em menor ou maior grau, dependendo da situação e do local. A grande questão, para as especialistas consultadas, não é o fato de as emoções estarem presentes nas escolhas de carreira. Mas sim o fato de elas atuarem em excesso.
E já que é impossível se desvencilhar das emoções, então, para minimizar erros, o ideal seria tentar equilibrá-las. "O profissional tem de saber administrar e organizar suas emoções", afirma Cristina. "Para isso, é preciso ampliar o autoconhecimento e a autoconfiança. Um profissional confiante não vai se deixar abalar por determinadas situações", explica a headhunter.
Para ela, um planejamento de carreira, nessas horas, é fundamental. Ainda que o profissional não siga essa linha à risca, ao menos ela indicará um caminho possível, com largada e chegada. Com isso, apesar de todas as situações que ele venha a enfrentar, ele conseguirá estabelecer critérios mais racionais em prol dessa meta de carreira.
"Esse profissional precisa ter um contraponto. Não pode ser só emoção ou só racional. Ele precisa voltar para si mesmo e perceber se essas decisões o ajudarão no futuro", considera Clarice. "Isso é inteligência emocional: utilizar as emoções a seu favor", considera. Ela lembra que a tomada de decisões envolve a emoção, a razão e a intuição. E que o equilíbrio desses fatores é importante. "As emoções são positivas. As atitudes que nós temos em decorrência de uma emoção é que podem nos prejudicar".
Fonte:
Roseana Maria Correa
Consultora, palestrante e ministradora de capacitações na área da comunicação